Meu Jackson favorito: confira uma seleção de filmes com Samuel L. Jackson

De bandido pé de chinelo a chefão da Shield. De uma pontinha que ninguém notou a franquia bilionária no cinema. E de um ator criativo a atuações automáticas. Assim é Samuel L. Jackson no streaming, se lhe parece.

De 1988 pra cá, tal ator norte-americano emprestou seu carisma e estilo único às mais importantes produções de Hollywood. Só no catálogo do serviço de streaming Netflix, Samuca (se nos permite a intimidade brasileira) está em pelo menos dez filmes, quase todos eles de sucesso de crítica ou de público. Dos longas-metragens da Marvel Studios ao cinema tarantinesco, esse intérprete é figura tarimbada. Geralmente como coadjuvante, mas sempre marcante. Tanto é verdade que Samuel Leroy Jackson (nome completo) está nos corações dos fãs.

Curiosamente, Samuca passou em branco em um dos grandes sucessos de Eddie Murphy, a comédia Um príncipe em Nova York (1988). Dirigido pelo mítico John Landis, o filme é um dos Campeões da Sessão da Tarde, em função de seu apelo junto ao público que acompanha a famosa sessão de cinema da TV Globo. Antigamente, reprisava duas ou três vezes por ano.

Hoje em dia, Um príncipe em Nova York está disponível na grade da Netflix. Logo depois de uma hora de duração, entra em cena Jackson. Ele faz um assaltante pé de chinelo que é dominado pelo tal príncipe do título. No mundo dos bandidos, em nada lembra o papel que tornou o ator famoso em Pulp Fiction – Tempo de Violência (1994).

Com direção de Quentin Tarantino, esse longa-metragem no catálogo da Netflix é cult: trilha sonora garimpada, narrativa desmontada, diálogos inteligentes, personagens complexos, ritmo veloz… tudo isso fez com que Pulp Fiction entrasse para a história. Inclusive, a produção ressuscitou a carreira de gente como John Travolta e Bruce Willis.

No caso de Samuca, ele ganhou destaque pelo papel de Jules Winnfield, um assassino profissional que recita trechos da Bíblia.

A parceria com Tarantino deu tão certo que o ator estrelou mais cults, todos disponíveis no streaming: Django Livre (2012) e Os oito odiados (2015). São dois westerns que causaram polêmica à época de seu respectivo lançamento. O primeiro porque se passa no período da escravidão; e o segundo pelo ritmo da narrativa.

MARVEL

Para o grande público, Samuel L. Jackson será sempre lembrado pela atuação como Nick Fury, um dos bambambans da Shield, na franquia cinematográfica Os Vingadores. Desde que a Marvel Studios começou a produzir seus filmes baseados em gibis, um mundo de heróis e vilões têm embalado os fãs há mais de dez anos.

Um dos pilares da série é o personagem vivido por Samuca. No catálogo da Netflix, os espectadores têm à disposição, por exemplo, Capitão América 2: O Soldado Invernal (2014) e Os Vingadores (2012). Enquanto este conta a formação do grupo, aquele é protagonizado pelo Capitão América.

Mas muito antes das produções da Marvel Studios, a caracterização de Nick Fury nos quadrinhos já se inspirava em Samuel L. Jackson para dar as feições ao personagem. Isso ocorreu na série Os Supremos (2002), que foi escrita por Mark Millar e desenhada por Bryan Hitch para a linha especial Universo Ultimate da editora.

Naturalmente, Samuca era a escolha ideal para viver o personagem nos cinemas.

CORPO

Além de Tarantino, outro diretor com estilo comandou Samuel L. Jackson num set: M. Night Shyamalan. Em Corpo fechado (2000), também disponível na Netflix, o ator norte-americano viveu o vilão Mr. Grass nessa releitura do mito dos super-heróis. É um dos melhores filmes sobre quadrinhos, mas sem a pirotecnia e o exagero tão característicos a produções nesses moldes.

O personagem de Jackson é um especialista em gibis obcecado em encontrar seu nêmesis. Afinal, ele tem ossos facilmente quebráveis e, portanto, busca sua contraparte, que será o personagem interpretado por Bruce Willis.

BOMBAS

Mas um ator não vive apenas de sucessos e cults. Samuca participou de verdadeiras bombas no cinema: A cor de um crime (2006), Conexão mortal (2016) e Do fundo do mar (1999), só pra ficar em alguns casos – portanto, fuja deles no popular streaming.

Aliás, para muitos críticos o ator tem entregado atuações automáticas nos últimos anos. Parece que Samuel L. Jackson cansou um pouco de Hollywood. Uma pena…