Florescer Numape Guarapuava entrega materiais educomunicacionais para Conselho da Mulher de Prudentópolis

No evento foram exibidos três materiais produzidos pelo projeto

O Florescer Numape participou de uma das atividades da programação dos “16 dias de ativismo pelo fim da violência de gênero” do município de Prudentópolis, a convite do Conselho da Mulher.

No evento, realizado nesta quarta-feira (29), foram exibidos três materiais produzidos pelo Numape: um documentário sobre relacionamento abusivo na adolescência, um vídeo sobre respeito e igualdade e uma animação da música Maria da Vila Matilda, da cantora Elza Soares. Estiveram presentes na atividade alunos do ensino médio de Prudentópolis e representantes do Conselho Tutelar, do Creas e agentes de saúde.

Além dos materiais exibidos, o Florescer Numape também confeccionou outros produtos, que versam sobre temas como feminicídio, vazamento de fotos íntimas, violência obstétrica, entre outros. Todos os materiais foram entregues para o Conselho da Mulher de Prudentópolis, no sentido de auxiliar no combate à violência contra a mulher através da informação.

A coordenadora do Florescer Numape Guarapuava, professora e jornalista Ariane Pereira, destacou as demandas para a produção dos materiais. “O Florescer tem como objetivo produzir materiais para as pessoas que trabalham com o enfrentamento da violência contra a mulher. Então, a gente escuta quais são as necessidades da Secretaria da Mulher de Guarapuava. O município de Prudentópolis também nos procurou. A Comissão de Políticas para Mulheres também tem mostrado quais são as necessidades deles. Então, a gente vai trabalhando de acordo com essas necessidades e com algumas coisas que a gente percebe no nosso dia-a-dia, como por exemplo o vídeo do respeito e igualdade”.

IMPORTÂNCIA

A coordenadora do Conselho da Mulher de Prudentópolis, Benedita da Silva, ressalta a importância dos materiais para as futuras ações contra a violência no município. “É extremamente importante porque é um material pedagógico, é um material informativo que nós vamos distribuir nas escolas, nos departamentos públicos. Nós enquanto Conselho da Mulher estaremos fazendo bom uso desse material. Acredito que como eu estou saindo daqui com outras visões do que realmente são as violências contra a mulher, as outras pessoas que estavam aqui também sairão com muito mais informações”.

A agente comunitária Silene Klosovsky participou do evento e conta como as informações que aprendeu podem auxiliar no seu dia a dia. “A gente aprendeu que violência não é só um soco na cara. É você xingar, é você diminuir a pessoa. Este evento ajuda a divulgar para que cada vez as mulheres tomem conhecimento dos seus direitos para terem uma vida mais digna. A gente que trabalha na área da saúde vê que tem muita mulher sofrendo calada, elas não sabem pedir ajuda e dar um basta. A gente precisa aprender a se defender e também ensinar as outras mulheres a se defender. Conhecer os seus direitos, ir atrás dos seus direitos”.

LEI

Além do lançamento dos materiais, o evento também contou com a participação do juiz da comarca de Prudentópolis, José Augusto Guterres, que falou sobre como a Lei Maria da Penha auxilia a mulher na luta pela igualdade de gênero. “É importante que as mulheres tomem consciência do que constitui violência doméstica e quais instrumentos jurídicos estão nas mãos delas para se livrar dessa situação. Existem muitos instrumentos que estão a disposição e quanto mais eles forem divulgados mais eles vão ser aperfeiçoados e poderão de fato surtir um efeito em geral na nossa cidade”, finaliza o juiz.