Coamo alcança receita global de R$ 14,80 bi e tem sobras de R$ 800,38 mi

Na manhã desta segunda-feira (18 fevereiro), o gerente do entreposto de Guarapuava, Marino Mugnol, comemorou junto a cooperados e funcionários os números alcançados no ano de 2018

O ano de 2018 foi altamente positivo para a Coamo Agroindustrial Cooperativa. Segundo o balanço, as receitas globais da cooperativa no ano passado totalizaram R$ 14,80 bilhões, um crescimento de 33,6% em relação a 2017. A sobra líquida atingiu o montante de R$ 800,38 milhões.

Os números foram divulgados durante Assembleia Geral Ordinária (AGO) realizada na última sexta-feira (15 fevereiro), em Campo Mourão (Centro-Oeste do Paraná).

Segundo o gerente da Coamo em Guarapuava, Marino Mugnol, o bom desempenho da cooperativa no ano passado se deve a vários fatores, principalmente as boas safras e a participação dos cooperados na entrega da produção.

A soja foi o destaque do mercado em 2018, com preços atraentes para os produtores, que aproveitaram as altas e comercializaram bons volumes tanto da safra atual como de safras anteriores. Durante a assembleia em Campo Mourão, o diretor-presidente da Coamo, José Aroldo Gallassini, recordou que a comercialização ganhou ritmo forte a partir de fevereiro com as altas em Chicago devido a seca na Argentina e ganhou ainda mais fôlego a partir de março, com altas substanciais do dólar, de R$ 3,20 para R$ 4,20 em seis meses.

O milho e o trigo também tiveram preços atraentes, como consequência do movimento do dólar. Porém, a seca comprometeu a produtividade de ambas as culturas e as chuvas atrapalharam a qualidade do trigo.

Para o recebimento da safra 2017/2018, uma das maiores safras já recebidas pela Coamo, a qual só não foi maior devido ao milho segunda safra ter sido plantado com atraso e ter sofrido perdas com a seca no desenvolvimento da cultura, foram utilizadas 112 unidades de recebimento, localizadas estrategicamente no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Para Marino Mugnol, o bom desempenho da cooperativa no ano passado se deve a vários fatores, principalmente as boas safras e a participação dos cooperados (Foto: Cristiano Martinez/Correio)

SOBRAS

Como resultado, a Coamo obteve uma sobra de R$ 800,38 milhões. Conforme aprovado na assembleia e, tirados os fundos estatutários, esse restante está sendo distribuído entre os cooperados. O cooperado participa desse resultado, de acordo com a sua movimentação. E tem as sobras de tudo o que ele adquiriu na cooperativa, os chamados bens de fornecimento, explica o gerente Marino Mugnol, em entrevista ao CORREIO.

Aliás, na manhã desta segunda-feira (18) Mugnol reuniu cooperados e funcionários do entreposto guarapuavano para comemorar os números alcançados em 2018 pela Coamo.

CENÁRIO

É importante ressaltar que as condições de mercado propiciaram um bom momento para os associados comercializarem a produção, refletindo no aumento das receitas da cooperativa. Os saldos a fixar de safras passadas foram reduzidos trazendo os estoques de passagem para níveis normais, destacou José Aroldo Gallassini, via assessoria.

Ele citou que 2018 foi o melhor ano da Coamo em relação às receitas globais. Os bons resultados alcançados foram possíveis, graças à participação dos associados no abastecimento dos insumos e na entrega da produção, e ao trabalho dedicado do quadro de funcionários, ressaltou.

A Coamo conta com mais de 28,6 mil associados e 7,8 mil funcionários. Inclusive, Marino Mugnol destaca que a cooperativa está sempre aberta à adesão de novos cooperados, desde que, claro, sejam produtores de fato, conscientes e afinados com o cooperativismo.

(Foto: Cristiano Martinez/Correio)

ATENDIMENTO

Segundo Marino Mugnol, o foco da Coamo é o cooperado: atender integralmente, seja na assistência técnica, seja no fornecimento de insumos de qualidade, peças e implementos agrícolas.

Sem contar a questão do financiamento agrícola. A cooperativa oferece o Credicoamo. Também é um banco, mas um banco do cooperado que tem dado um apoio muito grande para a atividade rural, diz o gerente.