Casa histórica apresenta constituição sociocultural de Turvo

Acervo reúne documentos, fotos e objetos que ajudam a remontar a formação da sociedade turvense ao longo da segunda metade do século 20

A constituição da comunidade turvense passa pela construção de uma casa na avenida 12 de maio, no coração da cidade, no ano de 1955.

À época, Gabriel e Luiza Pilati adquiriram o terreno e construíram a sua residência, que ao longo dos anos foi utilizada como bodega, escola e recebeu celebrações religiosas e casamentos. Foi ali, inclusive, o primeiro loteamento de Turvo.

No início dos anos 2000, a construção foi completamente restaurada e passou a ser um memorial histórico do município, trazendo documentos, fotos e objetos que remontam aos costumes e a cultura da região.

Eles sempre desenvolveram um papel social. Meu avô era homeopata, minha avó era professora. Eles participavam de movimentos religiosos e todo esse atendimento comunitário, afirma Maurício Pilati, neto do casal. Ele acrescenta que Gabriel e Luiza fizeram parte de uma política social, auxiliando na organização e no desenvolvimento da cidade.

Desde que passou a servir como um museu, a casa reúne um acervo constituído de objetos pertencentes à família Pilati e à comunidade, que foram doados de tempos em tempos. Em uma sala, por exemplo, há uma réplica da primeira capela da cidade; em outra, há uma cozinha à moda antiga, com um fogão à lenha e um ralador de repolho.

A gente tentou retratar um pouco de cada coisa. Temos a parte documental, mas também como era viver em uma casa como essa, explica Maurício, citando o uso de colchão de palha como uma das marcas da época.

Ele ainda relata que o item mais antigo é um baú construído há mais de 120 anos. Tem também parte da comunidade, as escolas, os movimentos aqui do município… tem um pouquinho de cada passo da cidade.

Em uma sala, por exemplo, há uma réplica da primeira capela da cidade (Foto: Douglas Kuspiosz)

HISTÓRIA

Gabriel e Luiza se casaram em 1943 e quatro anos depois passaram a residir na região que futuramente seria Turvo. A construção da casa do casal foi finalizada em 1955, e logo passou a sediar o cartório da cidade.

Em 1956, o local foi utilizado para celebrar a primeira missa da futura Capela de Nossa Senhora Aparecida. Ali ainda foram celebrados casamentos, batizados e confissões por mais um ano.

Mas, um dos aspectos mais importantes da casa é a preservação da arquitetura utilizada pelos pioneiros da região, coisa que é mantida até os dias de hoje.

Maurício Pilati é neto do casal Gabriel e Luiza Pilati  (Foto: Douglas Kuspiosz/Correio)

SERVIÇO

A Casa Gabriel e Luiza Pilati funciona em horário comercial e é aberta à comunidade, com entrada gratuita.

Para visitação guiada ou em grupos, deve-se entrar em contato com o projeto Gralha Azul – Turismo e Aventura, através do site (CLIQUE AQUI) ou do número (42) 9 9980-4079.

De acordo com Maurício, há um programa chamado Nosso Rincão – Gralha Educa, que leva crianças da rede pública de ensino para um passeio no local. Nesta última semana, recebemos 92 alunos de 5 a 7 anos, diz.