‘Café com Greve’ reúne professores, funcionários e estudantes da Unicentro

A movimentação nos campi Santa Cruz e Cedeteg tem por objetivo manter uma socialização entre as categorias e repassar informações referentes à paralisação dos funcionários públicos

Um evento reunindo professores, funcionários e acadêmicos da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) foi realizado nos campi Santa Cruz e Cedeteg nesta quarta (3) e quinta-feira (4). O Café com Greve busca manter a união entre as categorias durante a mobilização dos funcionários públicos paranaenses.

De acordo com Geverson Grzeszczeszyn, presidente do Sindicato dos Docentes da Unicentro (Adunicentro), a atividade foi realizada conjuntamente entre as entidades sindicais da instituição e o movimento estudantil, que também aderiu à paralisação. É para socializarmos juntamente com todos os grevistas, sendo uma forma de repassarmos informações, explica.

A adesão ao movimento vem crescendo gradativamente dentro do ambiente universitário. No dia 27 de junho, professores e funcionários ligados ao Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior da Unicentro (Sintesu) cruzaram os braços. Na última segunda (1°), coube aos filiados do Adunicentro entrar no movimento.

É uma tendência crescente em termos de adesão. Temos percebido que tanto Cedeteg quanto Santa Cruz estão cada vez mais esvaziados, embora alguns professores permaneçam lecionando, contrariando a decisão da categoria, completou Geverson.

Mesmo sendo categorias distintas, Pedro Gubert Teo, que faz parte do movimento estudantil da universidade, acredita que é importante o apoio dos estudantes à greve dos servidores.

Ambos frequentam o mesmo ambiente universitário e são da classe trabalhadora. A universidade também é do interesse dos estudantes, disse.

Para Danny Jessé Nascimento, presidente do Sintesu, a proposta de reajuste salarial colocada pelo governador Carlos Massa Ratinho Jr. não foi positiva (Foto: Redação)

PROPOSTA

Para Danny Jessé Nascimento, presidente do Sintesu, a proposta de reajuste salarial colocada pelo governador Carlos Massa Ratinho Jr. não foi positiva. No texto, há uma reposição prevista de 5,09% parcelados até 2022, sendo que apenas 0,5% seria concedido já em 2019.

Em suas reivindicações, os servidores exigem o pagamento da data-base deste ano, correspondente aos 4,94% da inflação, e uma proposta para quitar os valores acumulados desde 2016, que já somam mais de 17%.

Ele [Ratinho] não fala nada dos valores que estão atrasados e nem das próximas data-bases. É como se ele fosse dar 5,09% em quatro anos, observou, lamentando o anúncio do fim da licença-prêmio. Se você fizer um cálculo do que você está deixando em direitos para trás, equivale a 5%. Teoricamente, você abre mão de 5% em um primeiro momento para ganhar 5,09% em quatro anos

PROGRAMAÇÃO

Nesta sexta-feira (5), o Adunicentro deverá realizar uma assembleia geral no final da tarde para deliberar sobre o movimento. A tendência é que os docentes dialoguem a respeito da proposta colocada pelo governo. Estamos definindo a pauta, disse.

No campus de Irati da Unicentro, uma palestra para discutir as motivações da greve e a Lei Geral das Universidades (LGU) será realizada às 14h no Auditório Denise Stokolos.