Atleta guarapuavana é confirmada em clube de vôlei da Superliga A

Uma das remanescentes do elenco campeão da Superliga B, Aline Wime acertou sua permanência no projeto do Curitiba Vôlei. Orgulhosa de suas raízes na ‘terra do lobo bravo’, jogadora promete ‘muita fibra, determinação e humildade’

Aline Wime está ansiosa pela estreia em 2018 na elite do voleibol brasileiro. Depois de se sagrar campeã da Superliga B feminina na temporada passada, a guarapuavana é uma das jogadoras do Curitiba Vôlei para disputar a Superliga A 2018/2019, cujo início será em novembro deste ano.

O novo Curitiba Vôlei, campeão da Superliga B feminina, foi apresentado oficialmente na última quinta-feira (13 de setembro), na Universidade Positivo (UP). Sob o comando técnico de Clésio Prado, o time conta com Vivi (central), Valeskinha (central), Mari Aquino (central, ex-Romênia), Elis Bento (ponteira, ex-França), Aninha (líbero), Ju Paes (líbero, ex- Pinheiros), Sabrina Machado (oposta, ex-São Caetano), Ana Cristina (levantadora, ex-Barueri), Galon (levantadora, ex-Valinhos), Priscila (ponteira, ex-Brasília), Paquiard (ponteira, ex-Brasília), Talia (oposta, sub-23, ex-São Caetano), Lazcano (central, seleção Argentina) e, claro, Aline Aparecida Siqueira, a Wime (oposta).

Nossa equipe está muito bem formulada, composta por jogadoras boas e com bastante experiência, avalia a atleta guarapuavana, em entrevista exclusiva ao CORREIO. Wime classifica a Superliga A como uma competição de alto nível e que depende de jogadoras no mesmo patamar. Acredito que faremos uma ótima campanha nesta Superliga, destacando a presença no Curitiba Vôlei de atletas com passagem pela elite do voleibol brasileiro e de seleções (caso do Brasil e da Argentina).

Aliás, Wime é uma das remanescentes do elenco campeão da Superliga B. Ela havia recebido propostas para jogar na Europa, mas preferiu dar continuidade ao projeto criado em 2016 na capital paranaense, e que conta com o apadrinhamento de Giba, considerado um dos maiores jogadores da história do vôlei, e de Gisele Miró, ex-tenista olímpica.

Giba (centro) é o padrinho do projeto do Curitiba Vôlei para a Superliga A

JOGOS

A primeira fase da Superliga 2018/2019 tem início em novembro deste ano. O Curitiba Vôlei terá 11 jogos em casa e outros 11 na casa dos adversários: Dentil Praia Clube (MG), Sesc-RJ, Minas Tênis Clube (MG), Osasco/Audax (SP), Hinode Barueri (SP), Fluminense (RJ), E.C. Pinheiros (SP), Sesi Vôlei Bauru (SP), São Cristóvão Saúde/São Caetano (SP) e BRB/Brasília Vôlei (DF) e o Vôlei Balneário Camboriú (SC). O campeonato é televisionado pela SporTV.

Ansiosa pelo início da temporada de jogos, Aline Wime está com grandes expectativas. E que já nos primeiros jogos possamos dar trabalho para os time que vierem jogar aqui na nossa casa. Vai ser surpreendente.

Mesmo longe da terra do lobo bravo, Wime não se esquece de suas origens. Ela garante que o povo de Guarapuava será bem representado. Sou uma jogadora de muita fibra, determinação e humildade. Isso tudo com certeza vem das minhas origens. Sou guarapuavana com muito orgulho e eu devo isso tudo a todas as pessoas que me incentivaram desde o início, família, amigos e aos meus professores que eu não poderia deixar de citar os nomes do Prof. Alexandre Danzziato e do Prof. José Edson Oliveira.

TÉCNICO

Desde o início, o projeto está sob o comando técnico de Clésio Prado e a liderança dentro de quadra da experiente Valeskinha, campeã olímpica em Pequim (2008), com a Seleção Brasileira. Além disso, a equipe de trabalho é composta por pratas da casa. Uma das nossas preocupações desde o início é valorizar os profissionais paranaenses, diz Clésio Prado, via assessoria.

Para Aline Wime, Prado é uma excelente pessoa e um grande incentivador. Gosto muito de trabalhar com ele. Além dele, temos uma comissão 100% dedicada no que faz.

Orgulhosa de suas raízes guarapuavanas, Wime promete fibra e humildade (Arquivo)

RETORNO

Depois de 15 anos, a cidade de Curitiba volta a receber os jogos da principal divisão do Campeonato Brasileiro de Voleibol Feminino. O Curitiba Vôlei é, atualmente, o único representante do Paraná na elite do esporte nacional. O campeonato é composto por uma fase classificatória em pontos corridos, turno e returno, quartas-de-final definidas em série melhor-de-três, semifinais em melhor-de-cinco e playoffs, que, agora, serão disputados em série melhor de três jogos – inclusive na final, quando o mando de quadra será dos clubes que estarão na disputa pelo título.

A premiação individual da Superliga Feminina de Vôlei 2018/2019 será por posição – e não mais por fundamento -, formando, assim, a seleção do campeonato. Além disso, serão premiadas a melhor jogadora de cada final, com o troféu VivaVôlei, e a melhor atleta da competição. De acordo com a tabela provisória, o primeiro jogo do Curitiba Vôlei deve ser dia 16 de novembro, às 20h30, no Rio de Janeiro, contra o Sesc-RJ, maior vencedor da história do vôlei brasileiro, sob o comando do técnico Bernardinho.

Segundo Gisele Miró, o principal objetivo da equipe é ficar entre as 10 melhores na primeira fase e, ao final do segundo turno, estarmos entre os 8 melhores e chegarmos nos play offs – “mas, acima do resultado, queremos resgatar a paixão do curitibano pelo vôlei, esporte que teve seus tempos áureos na cidade”, lembra, via assessoria. A modalidade virou febre na capital paranaense entre 1997 e 2004, quando o Rexona contagiou o público e levou os títulos nacionais de 1997/98 e 2000/01.

NOVIDADE

A novidade para esta temporada é a junção da educação com o esporte em um projeto de alto rendimento. O patrocínio da Universidade Positivo (UP) vem fortalecer ainda mais a equipe, já que traz lado a lado a educação e o esporte como o grande alicerce do futuro. Afinal, a ideia é deixar o Curitiba Vôlei como espelho dentro da Universidade e no meio acadêmico. Quem sabe em breve, novas marcas também venham fazer parte do nosso sonho, sugere Gisele Miró.