As lavouras de soja estão excelentes, diz técnico do Deral
Em entrevista ao CORREIO, Dirlei Antonio Manfio, que atua no Núcleo Regional de Guarapuava da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), afirma que, mantidas as condições climáticas, a produção pode ser acima do esperado
A perspectiva para a safra 2019/2020 para a região de Guarapuava, segundo informações do Núcleo Regional de Guarapuava da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab), são bastante positivas.
Esse contexto está em consonância com a produção estadual de grãos, cuja estimativa divulgada pelo Departamento de Economia Rural (Deral) no final de dezembro é de um aumento de 18% em relação à safra passada.
Para a região de Guarapuava – que abrange os municípios de Campina do Simão, Candói, Cantagalo, Foz do Jordão, Goioxim, Pinhão, Prudentópolis, Reserva do Iguaçu e Turvo -, tem-se uma área de plantio de soja de 287 mil hectares, com uma previsão de produtividade variando de 3,6 a 4 mil kg por hectare.
As lavouras de soja estão excelentes. Em nenhum momento teve falta de chuva ou problemas sanitários, como a ferrugem, afirma Dirlei Antonio Manfio, técnico do Deral. Ele ressalta que ocorreram alguns problemas pontuais, que não comprometerão a safra.
Esse cenário também se reflete nas classificações dos ciclos de avaliação das lavouras na região. Até o momento, 95% são consideradas boas e apenas 5% regulares. Algumas até excelentes, e isso é um ponto positivo, diz Manfio, que destaca que a soja é a principal cultura da região, ocupando mais de 81% das áreas de verão.
COLHEITA
Levando em conta que a maior concentração do plantio de soja ocorreu entre outubro e novembro do ano passado, a colheita deve ocorrer entre o final de março e o início de maio na região de Guarapuava.
POTENCIAL
De acordo com o técnico do Deral, em comparação com a safra passada, a área agricultável pode ser considerada a mesma. Porém, o Paraná está saindo de um potencial de produção maior em condições normais.
Em 2018 tivemos muitas adversidades climáticas, destacando que, até o início de janeiro de 2020, Guarapuava não registrou nenhuma perda significativa por fatores climáticos.
Foi registrada, contudo, uma redução na produção de feijão no norte de Prudentópolis, onde o plantio ocorreu mais cedo, entre o final de agosto e o início de setembro.
Ele sofreu os fatores climáticos, uma ‘quase’ estiagem entre novembro/dezembro e comprometeu a quantidade de produção, diz. Eram esperadas de 70 a 80 sacas por alqueire, mas foram colhidas uma média de 45 a 50 sacas.
Para a região de Guarapuava estamos considerando uma safra boa, levando em consideração que não tivemos tempo muito extenso de seca. Até agora, se o tempo persistir, vamos produzir acima do que estamos esperando, diz o técnico.