Ano de Copa: expectivas para a Rússia 2018

Confira a estreia do novo colunista do CORREIO, que vai comentar semanalmente sobre a Copa do Mundo da Rússia

Um novo ano traz novas promessas e novas oportunidades. Um, a cada quatro anos, traz a promessa de um ambiente mágico e a oportunidade de encontrar a grandeza. De tornar-se história. A Copa do Mundo de 2018, sediada na Rússia, é cercada de expectativa, jogadores excepcionais e grandes seleções.

Pudera eu ter vivenciado outros momentos históricos do futebol, tendo que contentar-me com a imaginação (ou vídeos no YouTube) para visualizar grandes feitos. Ainda assim, é inegável, presenciamos hoje um destes momentos singulares. Uma rivalidade impressionante entre Ronaldo e Messi – representada não só individualmente mas pelos times que defendem, craques que extrapolam valores outrora inimagináveis em negociações e histórias curiosas como a geração belga ou a força surpreendente da Islândia.

E nós, torcedores, poderemos contemplar um legítimo espetáculo em um país continental. A Rússia está longe de ser um país caloroso ou com uma população reconhecidamente simpática, mas é capaz de receber o evento em cidades atraentes e uma ótima estrutura, além de ser também uma nação apaixonada pelo futebol. O torneio acontece em cidades como Moscou, capital do país, a casa de CSKA e Spartak; São Petesburgo residência do Zenit e Sochi, sede principal dos Jogos Olímpios de Inverno de 2014 e base da seleção brasileira durante a copa.

Aliás, como é bom experimentar a esperança dos brasileiros para o evento que se inicia dia 14 de junho. Após as amargas derrotas da seleção em 2014, tanto a chinelada histórica da Alemanha como o beliscão da Holanda, o sentimento geral era de decepção e descrença. Ainda mais após o período medíocre em que Dunga esteve a frente da seleção. Tite e Neymar, porém, lideraram o Brasil para uma classificação segura e de futebol agradável. A expectativa é enorme e estamos ansiosos, confesse, até para ouvir a voz de Galvão Bueno.

A Copa do Mundo na Rússia antecede o evento no Catar que será a última com 32 equipes. A reformulação na Fifa coincide com a reformulação na fórmula, que deve contar com 48 equipes e pode abrir as portas de três países para receber o evento simultaneamente, como EUA, Canadá e México. Além disso, desde já devemos nos acostumar com o uso do VAR (Video Assistant Referee), o assistente de vídeo que promete eliminar a maior parte dos erros de arbitragem nas partidas.

Novidades, seleções recheadas de grandes jogadores e muita história, outras cercadas de desafios e desconfiança e gente do mundo inteiro vidrada em um único esporte. Todas as principais atrações e personagens dessa história você acompanha no Correio do Cidadão semanalmente.

 

*****Gabriel Aquino é jornalista e músico