Em Guarapuava, número de famílias beneficiadas pelo Bolsa Família cai 11%

Nos últimos dois anos, o número de famílias beneficiadas pelo programa Bolsa Família, em Guarapuava, caiu 11%. É o que aponta os dados da plataforma Sagi (Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação), do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

De acordo com os números, em 2013 as contempladas totalizavam 10.683, passando para 10.072 (2014), bem como 9.579 (junho de 2015). Para o assistente social da secretaria municipal da área e responsável pela gestão do Suas (Sistema Único de Assistência Social), Valdir Rodrigo da Rosa, um dos motivos para a redução reside na inclusão dos envolvidos no Pronatec (Programa Nacional de Acesso Técnico e Emprego). Desde o início tivemos um grande potencial de cursos, em que os formados conseguiam retornar ao mercado de trabalho. Forma de inclusão produtiva, rural e urbana. Assim, a renda da família aumentou, tornando-se desnecessário o cadastro, destacou Valdir.

Ainda segundo o profissional, o acompanhamento da repartição citada, através das unidades do Cras (Centro de Referência de Assistência Social), também fez a diferença. Houve esse encaminhamento para o mercado de trabalho, na maioria das situações possíveis, reforçou.

Vale lembrar que para participar do Bolsa Família é preciso estar cadastrado no CadÚnico (Cadastro Único, considerado a porta de entrada para o recebimento de benefícios dos programas sociais do Governo Federal), e cumprir alguns critérios. Renda mensal familiar de até R$ 154 (também sofrem alguns parâmetros de análise); dados atualizados há pelo menos dois anos no CadÚnico, entre outros.

Pelos números da plataforma Sagi, o valor médio pago é de R$ 145,82/família e o montante transferido ao município, para o atendimento no mês de junho, superou a marca de R$ 1,3 milhão.

CADASTRADAS
O meio eletrônico citado também disponibiliza a quantia de inscritos no Cadastro Único, no município. Referente ao mês de abril (último atualizado), o Ministério de Desenvolvimento Social apresenta que o total de famílias alcança 20.548. Em relação a pessoas – 67.669.

Além disso, é possível encontrar os dados mais segmentados, como a totalidade de cadastrados com renda per capita familiar de até R$ 77 – 6.308.

Os outros detalhes são: renda per capita familiar entre R$77,00 e R$ 154,00 – 5.372; renda per capita familiar entre R$ 154,00 e meio salário mínimo – 6.261; com renda per capita acima de meio salário mínimo – 2.607.

O responsável pela gestão do Suas orienta que, para efetivar o registro, é necessário se deslocar a uma das unidades do Cras e verificar as possibilidades. Para oficializar é preciso que as famílias sejam de baixa renda, ganhem até meio salário mínimo por pessoa ou até três salários mínimos de renda mensal total. Entre os programas ofertados figuram, por exemplo, o Tarifa Social de Energia Elétrica; Telefone Popular e Minha Casa, Minha Vida.

Indagado sobre as regiões que concentram o maior número de famílias em situação de vulnerabilidade social, o assistente social Valdir destaca os territórios das unidades do Cras, localizadas no Xarquinho; Morro Alto; Jardim das Américas e Boqueirão.

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