Terceirona 2022: sistema defensivo do Batel não toma gols há mais de 530 minutos

Tanto o técnico Dudu Sales quanto os jogadores da defesa atribuem esse bom desempenho ao conjunto do time, que tem um ataque que pressiona o tempo todo e um meio que não deixa estourar na zaga. Neste domingo (16), o Rubro-Negro tem jogo decisivo contra o Hope Internacional em casa, no Waldomiro Gelinski

Quinhentos e trinta e oito minutos. Este é o tempo em que a defesa do Batel não toma gols no Campeonato Paranaense da 3ª Divisão, na temporada de 2022.

Trocando em miúdos, são quase seis jogos em que o goleiro batelino João Paulo, titular absoluto na equipe de Dudu Sales, não busca a bola no fundo das redes.

A última vez que a sua meta foi vazada ocorreu na 3ª rodada do 1º turno, no confronto contra o Iraty SC no Estádio Waldomiro Gelinski. Mas o tento iratiense saiu logo aos 2 minutos de jogo. Para alegria do torcedor guarapuavano, o Rubro-Negro empatou e virou para 2 a 1 naquela tarde de domingo.

De lá para cá, o time batelino teve os seguintes resultados: Hope 0 x 1 Batel, pela 4ª rodada, e Batel 0 x 0 SC Campo Mourão (5ª rodada), ambos no 1 turno. Já no returno, Araucária 0 x 1 Batel (1ª rodada), Batel 0 x 0 Patriotas (2ª rodada) e Iraty 0 x 3 Batel (3ª rodada).

Sem contar os acréscimos dados pelos árbitros em cada partida, são 538 minutos de invencibilidade do sistema defensivo do Rubro-Negro da Baixada. Mas esse desempenho não se deve somente a goleiro e zaga.

“Começa pelo time inteiro. Uma boa defesa começa com uma pressão desde o ataque, o meio bem posicionado, que não chega a estourar na defesa. Mas quando acontece, a defesa está sempre bem posicionada”, diz o arqueiro João Paulo, destacando a confiança em seus companheiros de sistema.

Um deles é o experiente zagueiro Paganelli, que explica a importância do conjunto batelino. “O pessoal da frente tem se doado bastante nos jogos. Os dois pontas correm muito o tempo inteiro e não deixam o pessoal deles [adversários] invadir muito”, acrescentando que os times não conseguem criar situações de jogo contra o Batel. Nesse sentido, o defensor chama atenção para o jogo compacto implantado pelo professor Dudu.

E o comandante técnico ressalta também o trabalho do elenco todo. “A gente tem uma equipe que procura marcar pressão desde o início da jogada. Uma equipe em que o setor ofensivo recompõe sempre atrás da linha da bola, que é o que a gente pede bastante para não estourar tanto no sistema defensivo”.

Entre os defensores, o treinador destaca o trabalho da dupla de zaga, dos laterais (que recompõem bem) e de João Paulo, um goleiro que vem fazendo uma campanha acima da média na Terceirona. “Mas a equipe inteira merece os parabéns, principalmente o nosso sistema defensivo”, afirma Dudu.

Zagueiro Paganelli é um dos destaques do sistema defensivo do Batel (Foto: Redação/Correio)

JOGOS
Neste domingo (16), às 15h30, a defesa do Batel será posta à prova novamente no Estádio Waldomiro Gelinski, em Guarapuava. A equipe entra em campo para enfrentar o Hope Internacional, em partida válida pela penúltima rodada do returno no Grupo A. E, no dia 23 de outubro, fora de casa, o representante guarapuavano enfrentará o SC Campo Mourão.

Com 15 pontos até aqui, o Rubro-Negro precisa vencer seus dois compromissos restantes na 1ª fase e torcer por um tropeço de Araucária e Patriotas, ambos com 16 pts cada, para se classificar às semifinais.

Segundo Dudu Sales, o time guarapuavano precisa primeiro fazer a sua parte e somar os seis pontos em disputa, começando pelo desafio em seus domínios. “Trabalhamos a semana focados em procurar fazer os três pontos dentro de casa”.

Mesmo sem chance de classificação, o Hope pode se tornar um oponente difícil neste domingo. “Por ser uma equipe que hoje não tem responsabilidade alguma”, analisa o técnico batelino, que vem alertando sua equipe para tomar cuidado. “A gente procura concentrar ao máximo, passar aos atletas que não adianta achar que vai ganhar a hora que bem entender. São jogos difíceis da mesma forma”.

Inclusive, o professor aponta que o Hope (que está na vaga do antigo Grecal) é uma equipe jovem e taticamente bem organizada, com bom toque de bola, compactação. Segundo ele, o adversário poderá ter dificuldade com o gramado do Waldomiro Gelinski.

Aliás, a dificuldade será para ambos os times. Desse modo, uma saída para o Batel será a força do conjunto e a bola aérea.

No 1º turno, o Batel ganhou pelo placar de 1 a 0 em cima do Hope, em Campo Largo. O zagueiro Paganelli lembra que o adversário, por ser jovem, tinha muita vontade e complicou para o experiente Batel. “Quando é jogador jovem, corre muito, o tempo inteiro. Faz pressão o tempo inteiro e tem aquela vontade de aparecer”.

INGRESSOS

Até esta sexta-feira (14), as entradas antecipadas para o setor de cadeiras cobertas têm preço único de R$ 20. Pontos de venda: Espaço das Tintas (próximo da rodoviária e em frente da Havan) e Farmácia Batel.

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