Por dentro da Terceirona: Em 2ª participação no Paranaense, Patriotas FC quer brigar pelo acesso

Fundado em 2020 no município de Curitiba, o Patriotas Futebol Clube é um dos caçulas no cenário profissional do futebol paranaense.

Após debutar no Campeonato Paranaense da 3ª Divisão em 2021, quando terminou em 7º lugar na classificação geral, o Patriotas vem para a Terceirona de 2022 com objetivos maiores.

“Este ano a gente se preparou bem e com certeza a gente está preparado para ir pras cabeças”, diz o diretor executivo Jadir Pedro Setti, em entrevista por telefone com o CORREIO. Segundo ele, a indecisão sobre a realização do Paranaense em 2021 prejudicou a montagem do elenco naquela temporada.

Mas, em 2022, o planejamento é brigar pelo acesso. Para isso, o Jacaré, como é conhecida a mascote do time, começou com antecedência a pré-temporada. “A grande vantagem este ano foi ter começado dois meses antes”, destacando o trabalho do preparador físico Thiago Ziemer, que passou por clubes como Coritiba, Operário de Campo Grande (MS), Toledo e Foz do Iguaçu.

Aliás, no Azulão da Fronteira, o preparador foi vice-campeão da 3ª divisão em 2021 e Campeão da 2ª divisão em 2022.

Outro que esteve no Foz no acesso de 2021 é o técnico do Patriotas, Pedrinho Maradona. “A gente estava conversando no final do ano passado, depois do campeonato. E acertamos com ele”, diz Setti.

Além do acesso, outro fator que pesou na contração do Maradona é o trabalho. Ao longo da carreira, o professor passou pela base do Athletico Paranaense, Londrina, Coritiba, Joinville e Boston City. No profissional, comandou o Comercial de Campo Grande (MS), Joinville e, claro, Foz do Iguaçu.

E, na preparação de goleiros, Jean Jetikoski, que possui curso de treinamento de goleiros profissional da CBF e de futebol interativo. Trabalhou oito anos no Paraná Clube.

JOGADORES
O elenco é formado por 22 jogadores profissionais, com o acréscimo de mais seis, sete atletas da base que disputa a 2ª fase do Sub-20.

Entre os destaques, estão o meia-atacante Xavier, que já vestiu as camisas de São José (RS), Brasil de Pelotas, Náutico, Cianorte, Brusque, Brasil de Farroupilha, Foz do Iguaçu, Maringá, União de Beltrão, Danúbio, 14 de Julho (RS) e Pieta Hotspurs (Malta). E também o volante Maicon Canário, que passou pela Seleção Brasileira Sub-17, além de Athletico Paranaense, Paraná Clube, Maringá, Foz do Iguaçu, Associação Portuguesa de Desportos, Varzim (Portugal), Paeek (Chipre), Araucária, União de Rondonópolis, Rio Branco (PR) e Nacional de Muriaé (MG).

“Tudo passou pelo aval do Pedrinho”, explica o diretor executivo, em relação à montagem do plantel para a temporada.

CASA
A princípio, Jadir Setti conta que o Patriotas FC mandará seus jogos no município de Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Segundo ele, o Estádio Atílio Gionedis está liberado. E o Centro de Treinamento fica na Estrada do Ganchinho.

Mas a estreia será fora de casa, no domingo (21), às 15h30, contra o Sport Campo Mourão.

GRUPOS
Assim como em 2021, a edição deste ano da Terceirona dividiu os 13 times em grupos regionalizados, com jogos disputados em turno/returno na 1ª fase classificatória.

Assim, o Grupo A (Centro-Sul-Oeste/RMC) é composto por Araucária EC, Batel, Iraty SC, Hope Internacional (antigo Grecal), Patriotas FC e Sport Campo Mourão.

Já no Grupo B (Norte/Noroeste): AC Paranavaí, Arapongas EC, CA Cambé, Grêmio de Esportes Maringá (GEM), Nacional AC, Portuguesa Londrinense e Rolândia Esporte Clube (REC).

HISTÓRIA
Antes da criação do Patriotas FC, Jadir Setti havia sido presidente do Iguaçu do bairro Santa Felicidade, time da Suburbana; também diretor da Federação Paranaense de Futebol (FPF) e presidente da Associação dos Clubes Amadores de Curitiba.

Ele conta que, com a experiência no futebol amador da Capital paranaense, resolveu montar o Patriotas junto com o presidente do clube, Odair Ferreira Duarte, proprietário da Fertilize Adubos. “A gente resolveu brigar por algo mais, que seria o profissional. Revelar jogadores também”, diz Setti.

Inclusive, o Patriotas nasceu como clube empresa, adotando um nome que fora escolhido a partir de uma pesquisa de opinião. “Não tem nada a ver com política”.

Nos planos futuros, está o investimento num campo próprio. “A ideia nossa é comprar uma área e fazer um estádio, na Região Metropolitana”, finaliza o diretor.