Pix como forma de pagamento cai no gosto de empreendedores em Guarapuava

A modalidade de pagamento instantâneo desenvolvido pelo Banco Central não tem taxas e traz agilidade no pagamento de produtos e serviços

Há cerca de dois anos, a jovem guarapuavana Kananda Mackelly Iatskiv de Souza (19 anos) resolveu apostar na venda de chocolate gourmet para ter uma renda extra. Ela começou um pouco antes da pandemia de Covid-19 e neste período percebeu que as vendas estavam sendo boas e que estava gostando do que estava fazendo. “Acabei me apaixonando pela profissão ao ver meus clientes satisfeitos e sempre fazendo encomendas”, comenta.

Kananda se junta a milhares de empreendedores que estão utilizando o Pix, ferramenta de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central em 2020, e que tem mostrado diversas vantagens a quem aceita a meio como forma de pagamento.

As vendas de trufas, barras gourmet recheadas e espetinho de frutas seguem a todo vapor, inclusive, devem crescer com a aproximação da Páscoa, e com isso, mais dinheiro deve entrar na conta da empreendedora de Guarapuava. “Adotei o Pix desde quando iniciaram esses pagamentos, as pessoas me perguntavam se eu aceitava, e foi assim que adotei o pagamento”, explica.

A jovem conta que hoje a maioria de seus clientes opta por pagar pelos produtos através do Pix e lista os benefícios que isso trouxe para seu negócio. “Pagando pelo Pix cai direto na minha conta poupança, onde consigo deixar meu dinheiro rendendo e também fazendo pagamentos através do app do meu banco. Assim evito ter que sair para depositar dinheiro nas lotéricas, o que tirava muito do meu tempo”. Kananda também vê como um método de pagamento facilitador, já que não cobra tarifas.

Já a microempresária Sirlei Dal Santo é sócia de uma padaria na Lagoa Dourada, bairro Boqueirão. Segundo ela, o estabelecimento não aderiu ao Pix logo no começo, quando foi lançado. “Nós esperamos um pouquinho, esperamos quase um ano para daí implantar ele aqui. Resolvemos adotar porque o pessoal perguntava se a gente tinha Pix, QR Code e acabamos optando. E é uma boa”.

Ela destaca que aumentou bastante o pagamento pela ferramenta e que, na pandemia, é algo bom por diminuir a circulação das notas. Sirlei também recomenda aos comerciantes que ainda não utilizam “Busquem informação e implantem o Pix”.

Vendas de trufas, barras gourmet recheadas e espetinho de frutas seguem a todo vapor (Foto: Arquivo Pessoal)

SEBRAE
Uma pesquisa do Sebrae divulgada em janeiro deste ano revelou que 86% dos pequenos negócios estão utilizando a ferramenta. O número teve um aumento de 9% em relação ao levantamento anterior, realizado em agosto de 2021. Entre os setores com mais uso, está o de academias de ginásticas e serviços de alimentação empatados com 94% de aceitação.

O CORREIO conversou com a consultora do Sebrae Paraná, Elizete Huchak, sobre as vantagens para o micro e pequeno empresário e empreendedores. Conforme Elizete, além da praticidade e agilidade, os empreendedores podem conseguir a redução de taxas bancárias, a melhoria no fluxo de caixa com o recebimento seguro e fechar mais venda, oferecendo certas vantagens para o pagamento via Pix.

Ela aponta que de várias formas o pagamento por Pix pode ajudar no alavancar as vendas. “Principalmente nas situações em que o cliente não está portando cartão ou dinheiro em espécie, mas está com o celular. Pode também fazer alguns atrativos com preços diferenciados, tendo em vista custo menor da transação”.

SERVIÇO
O Sebrae está disponível para orientação e oferece diversos conteúdos sobre o funcionamento da modalidade. Para conhecer mais sobre, acesse o site sebraepr.com.br ou sebrae.com.br. Outro pelo telefone 0800 570 0800.

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