Pagamentos do 13º salário devem injetar R$ 167,8 milhões em Guarapuava

Para a realização do estudo do Dieese, foram selecionados os 40 maiores municípios em relação ao maior estoque de empregos formais no ano de 2021, com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE)

O pagamento do 13º salário no mercado formal de trabalho promete injetar o montante de R$ 167.883.427 na economia de Guarapuava, até dezembro deste ano.

Já nos principais municípios do Estado, o valor aproximado é de R$ 9,855 bilhões – o que corresponde a 78,2% do total a ser impactado no mercado formal (celetista e estatutário) da economia paranaense em 2023.

São estimativas do Escritório Regional do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) no Paraná. Para a realização do estudo, foram selecionados os 40 maiores municípios em relação ao maior estoque de empregos formais no ano de 2021, com base na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Cerca de 2,626 milhões de paranaenses serão beneficiados com um rendimento médio de R$ 3.752,99.

Analisando as cidades abrangidas no estudo, constatou-se concentração dos valores a serem injetados na economia paranaense em poucos municípios, sendo que apenas três dos 40: Curitiba (35,4%), Londrina (4,8%) e Maringá (4,6%) respondem por 44,9% do total. A participação da “terra do lobo bravo” é de 1,33%.

O maior valor médio para o 13° deve ser pago em Curitiba (R$ 4.695,45) e o menor em Matelândia (R$ 2.180,69). Na chamada Capital da Cevada e do Malte, será de R$ 3.317,7.

CÁLCULO
Para o cálculo do impacto, o Dieese leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego.

No caso da Rais, o Dieese considerou todos os assalariados com carteira assinada, empregados no mercado formal, no setor público (celetistas ou estatutários) e privado, que trabalhavam em dezembro de 2021, acrescido do saldo do Caged de janeiro de 2022 a setembro de 2023.

Em função da não disponibilidade de informações para o nível geográfico municipal, não foram considerados nos cálculos os seguintes segmentos: empregados domésticos com carteira assinada; beneficiários – aposentados e pensionistas – do Regime Geral de Previdência Nacional (RGPS) do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); e aposentados e pensionistas pelos Regimes Próprio de Previdência Social (RPPS’s) da União, Estado e dos municípios.

Para efeito do cálculo, o Dieese não leva em conta os autônomos, assalariados sem carteira ou trabalhadores com outras formas de inserção no mercado de trabalho, que, eventualmente, recebem algum tipo de abono de fim de ano, nem os valores envolvidos nesse abono, uma vez que esses dados são de difícil mensuração.