Moradia compartilhada é foco da startup guarapuavana JustHome

De acordo com Gilmar Lejambre Jr., um dos sócios da plataforma, a ideia é validar o projeto com o público universitário, e, posteriormente, oferecer a funcionalidade para jovens recém-formados e profissionais

A startup guarapuavana JustHome tem o objetivo de oferecer ao público universitário uma nova funcionalidade em termos de moradia compartilhada.

Através da plataforma online justhome.com.br é possível responder um questionário e adequar as afinidades entre quem oferece e procura um lugar para morar.

De acordo com Gilmar Lejambre Jr., sócio da startup ao lado do programador Danilo Pinotti e do publicitário André Justus, o estalo para essa demanda de mercado surgiu ainda em 2019, quando percebeu que “não combinar” é um dos principais problemas enfrentados por quem divide moradia.

“Você responde o nosso questionário, e quem está vindo de fora responde o mesmo questionário. A nossa ideia é solucionar dois problemas: encontrar pessoas para você dividir moradia, e encontrar pessoas que sejam ‘compatíveis’ com você”, explica.

A partir do cadastro, a plataforma apresenta um percentual de afinidade entre os dois tipos de usuários. Segundo Lejambre Jr., esse é o produto inicial da JustHome – o próximo passo é possibilitar a formação de repúblicas numa parceria com imobiliárias da cidade.

MERCADO
Ligado à área de tecnologia, Gilmar acredita que esse é um mercado em expansão, sobretudo quando se fala em modelos de compartilhamento. Para o jovem, é uma tendência que vai desde o transporte – com aplicativos como Uber e 99 – até a hospedagem, com o Airbnb.

Aliado a isso, a “terra do lobo bravo” vem se consolidando nos últimos anos como um polo de ensino superior na região Centro-Sul do Paraná, com novas graduações e instituições.

Para o idealizador da JustHome, a pandemia da Covid-19 impôs dificuldades à área, com muitos imóveis sendo devolvidos, mas as perspectivas para o fim de 2021 são boas. A startup pode vir a atender uma demanda reprimida por moradia universitária.

Para o idealizador da JustHome, a pandemia da Covid-19 impôs dificuldades à área, com muitos imóveis sendo devolvidos, mas as perspectivas para o fim de 2021 são boas (Foto: Cristiano Martinez/Correio)

PÚBLICO
“O modelo de plataforma exige que você tenha um público inicial de validação. A nossa ideia é validar com os universitários, fazer funcionar, mas não vai ser nosso único público, não”, afirma o guarapuavano.

No seu ponto de vista, há dois possíveis nichos de clientes a ser explorado pela JustHome: o de jovens recém-formados, que ainda buscam estabilidade no mercado; e de profissionais que esperam compartilhar um espaço de trabalho – algo semelhante a um coworking baseado na afinidade entre os interessados.

FOMENTO
Em meio ao contexto de desenvolvimento tecnológico, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) tem tido papel fundamental no fomento às iniciativas inovadoras. Inclusive, a JustHome foi destaque no programa Startup Garage, que movimentou ideias vindas de universitários em Guarapuava, em 2019.

À época, foram três meses de atividades para o desenvolvimento da proposta até a banca final, que contou com a presença de empresários da cidade.

“A gente deu um salto de confiança e trabalho, e ‘gastamos’ o ano de 2020 para finalizar o desenvolvimento da plataforma, e lançamos agora no começo do ano”, diz Gilmar.

“O programa Startup Garage é uma ação importante para o ecossistema de inovação, pois prepara os universitários para o empreendedorismo com ideias inovadoras, o que tem um grande potencial de transformação”, afirmou Márcia Beatriz da Silva, consultora do Sebrae, em release encaminhado à imprensa.

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