Estimativa é injeção de R$ 35 milhões na economia de Guarapuava neste final de ano

A projeção do Nepe/Decon/Unicentro leva em conta o pagamento da 2ª parcela do 13º salário por parte do governo municipal somado ao pagamento do 13º ao funcionalismo público estadual (ativo e inativo)

Apesar do cenário atribulado de 2020, que foi muito afetado pela pandemia de covid-19, a projeção é de que seja injetado na economia de Guarapuava o valor aproximado de R$ 35 milhões, em dezembro.

A estimativa do Nepe/Decon/Unicentro leva em conta o pagamento da 2ª parcela do 13º salário por parte do governo municipal somado ao pagamento do 13º ao funcionalismo público estadual (ativo e inativo).

Esse levantamento apresentado pela Profa. Dra. Luci Nychai, economista voluntária desse departamento, detalha que, no fim de ano, o chamado consumo natalino costuma se iniciar em novembro com as promoções da black friday e continua no mês de dezembro aquecido pela injeção da massa salarial do 13º salário.

“Contudo, em 2020 as medidas de manutenção da renda, para minimizar o impacto econômico negativo provocado pela pandemia, alterou o calendário de pagamento do 13º salário. Os aposentados do INSS já receberam o 13º salário no primeiro semestre, o funcionalismo público municipal já recebeu a 1ª parcela do 13º em agosto/2020. Além do que, houve ainda a suspensão de contratos de trabalho e redução da jornada, refletindo na redução da massa salarial proveniente do 13º do setor privado. Somado a isso o desemprego, em ano de pandemia, também é um fator redutor da renda disponível para o consumo natalino, não só em Guarapuava como no Brasil”, diz o estudo.

Mesmo assim, a projeção é da injeção de R$ 35 milhões nessa época do ano. “Sendo aproximadamente R$ 8 milhões funcionalismo público municipal e R$ 26,9 milhões funcionalismo público do estado. Somado a isso, em dezembro as empresas, também, farão o pagamento do 13º salário, o qual, mesmo com a redução do valor devido suspensão de contratos de trabalho, redução da jornada e desemprego, estima-se que seja um montante entre R$ 50 a 60 milhões”, complementa.

Segundo a sondagem da Fecomércio-PR, 47,8% dos paranaenses vão utilizar a renda do 13º para fazer uma reserva financeira ou investigar, e 36% vão pagar dívidas. Esses números mostram um amadurecimento da população quanto à disciplina financeira, visto que essa taxa é 24,1 pontos percentuais maior que em 2019, quando 23,7% entrevistados afirmavam que não iriam gastar o valor do 13º e aproveitariam para economizar. Em ano de Pandemia, as compras natalinas são o destinado do 13º salário de, aproximadamente, 23% dos paranaenses. Pode ser que essa taxa aumente visto que 10,1% responderam não saber qual destino vai dar à renda extra.

PESQUISAS
Em 2020, o Nepe/Decon/Unicentro não realizou a pesquisa de sondagem do consumo natalino em Guarapuava devido à pandemia. Por isso, se baseou nas pesquisas realizadas por outros institutos, em nível paranaense e nacional.

Segundo pesquisa realizada pela Teads em parceria com a Netquest, apesar da pandemia, a proporção de pessoas que estão dispostas a consumir tanto em lojas físicas como em e-commerce, pretendem comprar roupas e sapatos (71%), produtos de Beleza (46%), utensílios domésticos (39%), eletrônicos (33%), alimentos e bebidas (33%), brinquedos (15%), vídeo game (11%), joias e afins (8%).

Outra pesquisa de consumo natalino realizada pela Score/Hibou, apontou que 19% daqueles que pretendem consumir vão comprar de estabelecimentos que mostram responsabilidade nas medidas de controle da propagação do Covid-19 e responsabilidade social. Sendo que 11% responderam que iriam antecipar a compras na black friday. Ainda de acordo com a sondagem realizada pela Score/Hibou, os presentes serão destinados aos pais e mães (45%), filhos (43%), companheiros (as) 43% e vão presentear a si mesmos (19%).

Segundo pesquisa realizada pela Teads/Netquest, 55% das pessoas que responderam que iriam destinar o 13º salário para o consumo pretende comprar on-line e em lojas físicas, 20% apenas em lojas físicas; 21% apenas on-line; 4% comprar on-line e retirar na loja.

Esta pesquisa revelou ainda, o perfil dos consumidores natalinos em ano de Pandemia, tais como: são compradores de última hora, buscam descontos; buscam frete grátis em compras on-line e são compradores multicanais, dentre outras.

Segundo pesquisa realizada pela Teads/Netquest, 55% das pessoas que responderam que iriam destinar o 13º salário para o consumo pretende comprar on-line e em lojas físicas (Foto: Ilustrativa/Unsplash)

DESAFIOS
Em síntese, se antes da pandemia já era difícil para os brasileiros fazer o 13º render, com os problemas econômicos causados pela covid-19 surgiram novos desafios. Para quem teve o contrato suspenso ou jornada reduzida, o período de trabalho suspenso não será contabilizado, ou seja, o valor do 13º será menor. Além disso, por conta da pandemia, houve muitos adiantamentos do 13º, como os aposentados do INSS, e muitos não terão esse extra no final do ano.

“Portanto, mais do que nunca, a economia e a redução de despesas são fundamentais, principalmente durante as festas de final de ano. Neste final de ano “pandêmico” o controle emocional vai ser muito importante para que as pessoas não fiquem tristes ao não receberem ou não darem presentes como gostariam”, diz o estudo.

DICAS
Também será importante a disciplina e a estratégica financeira aplicada à otimização da renda do 13º, destacando:

1) Pagar contas atrasadas: aproveite o dinheiro extra do fim do ano para sair do sufoco e pagar suas contas atrasadas ou ainda antecipar o pagamento de contas como IPVA e IPTU para garantir descontos. Evite perder dinheiro em juros. Separe 40% do 13º seja utilizado para quitar dívidas.

2) Guarde dinheiro para as contas do início do ano: As festas mal acabam e o início do ano já chega cheio de novas contas a serem pagas, como IPVA e IPTU. Reservando 15% do seu décimo terceiro para pagar essas contas.

3) Gastos pessoais: gaste uma parte com o que quiser, com aquele bem muito desejado. Afinal você também tem direito. Separe 20% do décimo para esse fim;

4) Compre os presentes de Natal à vista: essa dica é ainda mais importante para quem está endividado. O ideal é fazer uma lista de presentes e lembrancinhas e utilizar somente 15% do décimo terceiro para esta finalidade.

5) Inicie ou incremente sua reserva financeira para emergência (poupança): o hábito da poupança requer disciplina, mas o importante é dar o primeiro passo. Reserve 10% do 13º para essa finalidade.

*******Com informações de assessoria

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