Comércio paranaense cresce pelo sexto mês consecutivo

Setor registrou aumento de 1,1% em outubro em relação a setembro e 4,7% em comparação a outubro de 2019. Um dos destaques é móveis

O comércio paranaense cresceu 1,1% em outubro em relação a setembro e 4,7% em comparação a outubro de 2019, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os índices são da variante ampliada, que engloba as vendas de veículos e materiais de construção e apresenta retrato mais fiel da atividade econômica.

Na série com ajuste sazonal (que equilibra os dados) o avanço entre setembro e outubro é o sexto consecutivo e o oitavo do ano do comércio no Paraná. Os crescimentos foram de 2,7% em janeiro, 0,8% em fevereiro, 27,2% em maio, 3% em junho, 0,5% em julho, 3% em agosto e 1,1% em setembro. Os meses com queda foram março (-12,4%) e abril (-14,5%).

“O comércio cresce ancorado na expectativa de melhora do cenário econômico. Apesar dos números ainda tímidos, é um movimento constante e que acompanha a evolução na indústria, as contratações com carteira assinada e os investimentos do setor privado”, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “E há um cenário otimista pela frente com as vendas de fim de ano”.

Esse movimento do comércio já havia sido sentido por um estudo das secretarias estaduais da Fazenda e de Planejamento e Projetos Estruturantes que destacou que os estabelecimentos comerciais registraram em setembro, em média, aumento de 51,9% nas vendas. Foi a primeira vez que o índice ultrapassou 50%.

O comércio também foi o segundo setor que mais contratou no Paraná em outubro, com 9.423 carteiras assinadas, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia. O Paraná já é o segundo estado do País em geração de emprego.

VARIAÇÃO MENSAL

O comércio varejista do Paraná cresceu 4,7% entre outubro deste ano e o mesmo mês do ano passado. As vendas foram puxadas por móveis (41,4%), eletrodomésticos (22,5%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (12,9%), hipermercados e supermercados (8%), materiais de construção (6,1%) e itens de uso pessoal e doméstico (6%).

​Um dos destaques neste indicador é o setor de móveis, que cresceu de maio a outubro, entre 21,4% (maio de 2019 a maio de 2020) e 49,1% (junho de 2019 a junho de 2020). Houve evolução também no setor de hipermercados e mercados, que teve um desempenho melhor neste ano em relação ao ano passado, com taxas de evolução entre 3,4% (agosto) e 12,6% (maio).

As vendas de materiais de construção cresceram entre junho e outubro, alavancadas pelo boom da atividade no País. O destaque negativo ficou por conta da venda de veículos, motocicletas, partes e peças, que caiu 0,4% em outubro, sexta queda de 2020.

ACUMULADO

O comércio do Paraná ainda registra perda na comparação dos dez primeiros meses deste ano com os dez primeiros meses do ano passado no balanço acumulado, com índice de -0,9%. O Paraná é um dos 15 estados com registro negativo, o que impacta diretamente a média nacional, que está em -2,6%. Na variação acumulada dos últimos 12 meses o cenário estadual é um pouco melhor, com perda de 0,3%.

No acumulado do ano, os principais aumentos foram registrados em móveis (17,2%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,5%), eletrodomésticos (6,9%), hipermercados e supermercados (6,5%) e materiais de construção (1,9%), acompanhando tendência de consumo no setor de alimentos e de aquisições domésticas.

As perdas em relação a 2019 estão diretamente atreladas aos hábitos de consumo. Elas impactaram mais os setores de tecidos, vestuário e calçados (-23%), livros, jornais, revistas e papelaria (-31,2%), combustíveis e lubrificantes (-3,9%) e veículos, motocicletas, partes e peças (-6,6%).

NACIONAL

O volume de vendas cresceu 2,1% em relação a setembro de 2020, sexta variação positiva consecutiva, no índice nacional. Em relação a outubro de 2019, o varejo ampliado cresceu 6%, quarta taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano ficou em -2,6%, contra -3,6% no mês anterior. O acumulado nos últimos 12 meses repetiu a taxa de setembro (-1,4%).

As vendas em outubro evoluíram em 18 das 27 unidades da Federação, apontando cenário mais otimista da recuperação da economia. O resultado do mês está 8% acima do dado de fevereiro, anterior à pandemia, segundo o IBGE. Na comparação interanual, 2020 teve o melhor outubro desde 2012.

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