Projeto de ritmoterapia do Sesc vai utilizar bateria como ferramenta

A ação será desenvolvida com os idosos que participam das atividades da unidade de Guarapuava, a exemplo do Sesc de Apucarana onde o método da bateroterapia já é utilizado

O Sesc de Guarapuava está implantando mais um projeto voltado para atendimento aos idosos, colocando a música e a bateria como ferramentas principais para auxiliar de várias formas na qualidade de vida da melhor idade.

A Ritmoterapia tem o objetivo de fortalecer a coordenação motora, estimular a memória e concentração, além de desenvolver o cognitivo. Em Apucarana, o projeto já está em execução e é coordenado pelo professor e músico Caio Fábio Machado através do Batuqueta + 60. Ele foi o responsável por fazer o treinamento com a equipe do Sesc Guarapuava.

“Essa atividade é uma mescla de vários métodos de percussão, entre eles a manipulação de objetos sonoros, como você pode ver no Blue Man, no Barbatuques. A gente pode ver também na percussão corporal com o grupo Stomp, e também, principalmente dentro do método chamado bateroterapia, desenvolvido pelo baterista Gus Conde”, explica.

De acordo com ele, as atividades são especificamente para os idosos, auxiliando também no desenvolvimento da percepção musical a partir dos diferentes ritmos musicais e contribuindo com a convivência em grupo e interação entre os participantes.

“A gente sempre faz exercícios rítmicos lúdicos, então para isso a gente utiliza objetos sonoros, bexigas, uma verdadeira fusão de várias atividade musicais. Tanto da bateria quanto de outras percussões também”, conta, destacando que a música proporciona momentos de aprendizagem e recreação, com exercícios lúdicos e agradáveis.

Bateria pode ser um instrumento em atividades motoras (Foto: Ilustrativa)

BATEROTERAPIA
O técnico de cultura e ações sociais do Sesc iniciou o contato com a música aos 11 anos, passando a estudar vários instrumentos, entre eles a bateria. Hoje, ela faz parte das atividades da Ritmoterapia e, de acordo com Caio, o método da bateroterapia é um dos mais utilizados. Ele combina exercícios rítmicos com movimentos fisioterapêuticos e lúdicos em uma fusão de bateria e fisioterapia, promovendo alongamentos funcionais.

Criado em 2006 pelo baterista Gus Conde, com fisioterapeutas da Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), o método está sendo executado no Brasil desde 2012. Conde teve a ideia de criar a bateroterapia depois de lidar com um idoso, na Califórnia, que tinha dificuldades de tocar bateria e percebeu que faltava rotatividade do corpo, alongamento dos braços e das pernas, desenvolvendo assim a bateroterapia.

O método pode ser aplicado em vários aspectos contribuindo com as necessidades de cada grupo, por isso, é indicado para idosos, atletas, crianças e até mesmo um baterista profissional. De acordo com o site oficial do projeto, “é possível direcionar os exercícios e o foco de acordo com o público-alvo, pois o grau de dificuldade e complexidade são adaptáveis para qualquer situação”.

GUARAPUAVA
A técnica de atividades de ação social e cultura do Sesc Guarapuava, Kelin Rosana Sander, será a responsável por desenvolver o projeto na unidade. Segundo ela, atualmente são atendidos 90 idosos no grupo da terceira idade

“Em um treinamento que nós tivemos no nosso regional, ele deu a aula de ritmoterapia pra gente e quis trazer para os meus idosos aqui em Guarapuava. Eu vou trabalhar ritmoterapia com eles”.

O projeto ainda não começou porque a entidade está buscando os materiais necessários para dar início. “A gente está em parceria com o pessoal da escolas de música, fazendo arrecadação de baquetas, então o baterista que quiser doar um par de baquetas usadas, ou novo, pode trazer aqui no Sesc, ou doar nas escolas de música para a gente começar a trabalhar essa atividade com os idosos”, disse Kelin.

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