Paranoia Fest promete sonzeira com cinco bandas varando a madrugada, em Guarapuava, neste sábado (12)

Programado para ocorrer no palco da Discoteca Beer, em Guarapuava, o festival será neste sábado (12), com abertura da casa às 20h. As atrações são Maquinária, Os Frentista, Lukewarm, Burton e Tordon. Inclusive, o trio punk de Os Frentista está à frente da organização do evento que tem previsão de término no domingo (13)

Com nome inspirado numa famosa canção do Black Sabbath, o Paranoia Fest vem para movimentar a cena underground de Guarapuava. Serão cinco bandas neste sábado (12), na Discoteca Beer, com abertura da casa às 20h.

A previsão é da sonzeira, que vai do punk rock ao grunge/post, terminar somente na madrugada do dia seguinte. Com o histórico Maquinária como grande atração, o Paranoia terá Os Frentista, Lukewarm, Burton e Tordon, todos projetos nascidos em Gorpa City, celeiro de bandas autorais de renome e alternativas.

Inclusive, esse festival é organizado pelos Frentista, um trio punk formado por Pedräo (baixo/vocal), ThrashPunk (guitarra, backing vocal) e Guilherme (bateria/backing vocal). Em conversa com o CORREIO, eles contam que o Paranoia surgiu da necessidade de fomentar a cena underground de rock na chamada Capital da Cevada e do Malte.

“É uma coisa bem embrionária, de criar uma cena de bandas para que as pessoas que ouvem Os Frentista, por exemplo, possam ir lá e conhecer o som da Tordon e consumir o som deles e girando entre as bandas do festival”, explica Guilherme.

A princípio, segundo eles, o dia 12 de agosto teria outro evento no mesmo espaço, no qual Os Frentista seria uma das atrações. Mas como a data “caiu”, o trio viu uma oportunidade para tocar seu som e organizar outro festival, tomando a frente para organizar e convidar outras bandas guarapuavanas.

Claro que a promoção de um evento com esse perfil implica em correr riscos em relação à venda de ingressos e presença de público, além de todo o tempo acelerado para deixar tudo pronto a tempo, incluindo estrutura de palco e equipamentos. “Mas vale a pena essa ‘correria’, porque isso dá ‘casca’, experiência, para a banda lidar com situações adversas”, diz o baterista, destacando a resiliência para seguir em frente.

Se tudo correr conforme o esperado, é possível que os Frentista organizem outros festivais em Guarapuava. “É bom para as bandas ter um local para tocar na cidade”, acrescentando que, a partir desses shows, os artistas podem criar conteúdo e disseminá-lo, abrindo portas para apresentações em outros municípios.

Empresária Luana Jdnyczuk abriu as portas da Discoteca Beer para o rock underground da cidade (Foto: Cristiano Martinez)

CASA
Espaço aberto para diferentes gêneros musicais, a Discoteca Beer tem se notabilizado por abrigar o rock independente e autoral de Gorpa City, como os músicos costumam se referir a sua cidade.

Em Guarapuava, tem rareado a quantidade de casas noturnas à disposição para o som alternativo. “Se falta produtor para fazer shows em Guarapuava, tem muito menos casa”, avalia Guilherme, informando que a situação ficou pior com a pandemia de Covid-19. “E estava precisando de um lugar assim”.

Por isso, ele destaca a Discoteca, que abriu as portas em 2023 para o rock underground, como um local para criar a cena roqueira.

A proprietária da casa, Luana Jdnyczuk, conta à reportagem que, desde que abriu a casa em janeiro de 2023, a ideia era movimentar o rock, porque é um estilo que tem a ver com a linha retrô do lugar, aberto a pagode, MPB, karaokê e o chamado flashback. Até o momento, foram três eventos nessa linha e agora o quarto com o Paranoia. “É um público totalmente diferente”, diz a empresária, citando que os roqueiros são tranquilos e nunca causaram confusão ou briga.

Luana ainda afirma que é bom trabalhar com o rock porque é uma galera organizada e que cuida de tudo. “Tudo em ordem com as bandas”, citando como exemplo o baterista e promotor Junior Batista.

BANDAS
A escolha das bandas para montar o set do Paranoia Fest envolveu amizade e afinidade musical. “Acho que é um misto dos dois”, diz Pedräo.

Guilherme complementa que pesou a amizade com os grupos selecionados e a necessidade de uma diversidade sonora, com grunge/post, heavy, punk, hardcore. “São bandas que têm músicas autorais e, para completar seu set, fazem covers”, destacando também que elas “abraçaram” a ideia do festival.

“São bandas que sempre estão na ativa, igual a gente. A galera sempre quer estar tocando”, diz o baixista de Os Frentista.

Por enquanto, ainda não se definiu a ordem de apresentação das bandas no Paranoia Fest. Mas cada uma terá cerca de 45 minutos para apresentar seu som. A previsão é encerrar os shows por volta de 2h15, 2h30 da manhã de domingo (13).

Local já teve outros eventos de rock em 2023 (Foto: Cristiano Martinez)

INGRESSOS
Os ingressos custam R$ 10 (1º lote) e R$ 15 (2º lote); na hora do show, sobe para R$ 20. O local de vendas é o Armazém do Rock, loja especializada em vestuário e souvenirs do universo roqueiro e nerd que abraçou o Paranoia Fest; e também com as bandas.

Os organizadores explicam que o lucro do 1º lote servirá para cobrir os custos do evento. Já a comercialização do 2º lote será integralmente para o cachê das atrações musicais.

SERVIÇO
Paranoia Fest
Sábado (12), a partir de 20h
Ingressos: R$ 10 (1º lote) e R$ 15 (2º lote); na hora, R$ 20
Vendas: Armazém do Rock (rua XV de Novembro, 7.840, Centro) e bandas
Discoteca Beer
Rua Capitão Virmond, 1.560

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