Feteco 2023 proporcionou dose dupla no campus Santa Cruz, nesta terça-feira (24)

No hall do auditório Francisco Contini, o público pôde conferir o trabalho do Piá/Grupo de Estudos Cênicos, com “Transição”. Em seguida, dentro do auditório, o Coletivo Teatro das Catacumbas apresentou “Baxô”, de Marcio Ramos, com Lucas Sequinel e Lucão Macedo na trilha sonora

Desde sábado (21), as artes cênicas movimentam Guarapuava, com atrações quase diárias e acesso gratuito ao público. É a 26ª edição do Festival de Teatro da Unicentro, o Feteco, um evento tradicional da cena cultural guarapuavana.

Parte da essência teatral, o ecletismo é a marca do Feteco. Na abertura, sábado (21), o grupo Mirabolantes (da Felchak Produções e Eventos) levou sua montagem de “A cantora careca”, do dramaturgo Eugène Ionesco (1909-1994), ao palco do Teatro Municipal Marina Karam Primak. Um típico representante do Teatro do Absurdo.

No dia seguinte, domingo (22), o circo ocupou o palco anexo à Usina do Conhecimento, no Parque do Lago, com “O melhor espetáculo de hoje”. Ao ar livre e sob o sol, o trio da Cia. Os Barbacas (de Curitiba) divertiu a plateia com sua palhaçaria e seus números circenses, regados pela interação.

E nesta terça-feira (24), ocorreu dose dupla no campus Santa Cruz da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), com Marcio Ramos à frente de dois projetos. No hall do auditório Francisco Contini, o Piá/Grupo de Estudos Cênicos apresentou “Transição”, que é um apanhado de exercícios propostos nesse projeto, o ano todo. “Pequenas/grandes ações que mudaram nossa forma de ver e sentir o teatro em nossas vidas”, diz a descrição.

Cena de “Transição”, no hall do auditório Francisco Contini (Foto: Cristiano Martinez)

Logo depois, o público se dirigiu para o interior do famoso Francisco Contini, centro nervoso das atrações culturais feitas no campus Santa Cruz. Agora, Ramos no Coletivo Teatro das Catacumbas. Na companhia de Lucas Sequinel e Lucão Macedo, responsáveis pela trilha sonora, ele encarnou “Baxô”.

Este espetáculo abordou uma história cheia de crença e misticismo como muitas que foram apagadas e silenciadas. “O Coletivo de Arte Teatro das Catacumbas traz à tona essa história como se ela representasse a fala de nossos ancestrais querendo ecoar para além do esquecimento”. Evoé!

Na parte técnica, Micheli Lima foi responsável pela iluminação e figurinos; e Luan Rodrigues, do projeto gráfico. Na cabine de som, o incansável Eufren Kurhan, servidor do campus sempre presente em todos os eventos do auditório. Sem ele, o Francisco Contini para.

Em suma, essa terça-feira foi uma noite de experimentações, vivências e teatro independente.

FIGURAS
Em meio ao respeitável público, figuras de proa da cultura guarapuavana e da gestão do setor, acompanhando os dois espetáculos de terça-feira. Aliás, em todos os dias e noites do Feteco 2023: a diretora de Cultura da Unicentro, professora Níncia Teixeira; a chefe da Divisão de Assuntos Culturais, Elizabete Lustoza, a Betinha; e a secretária de Cultura de Guarapuava, Rita Felchak.

Inclusive, o 26ª Festival de Teatro da Unicentro é uma realização da Diretoria de Cultura da Unicentro (Dirc), com apoio da Prefeitura de Guarapuava, por meio da Secretaria de Cultura (Secult).

“Transição” (Foto: Cristiano Martinez)

PROGRAMAÇÃO
Nesta quarta-feira (25), mais duas atrações: “Ação Performática Dionisíaca”, da Cia. de Teatro De Um Só Ato; e “Reza”, do Grupo de Teatro da Unicentro. Ambos no auditório Francisco Contini, a partir de 19h.

E, na quinta-feira (26), o 26º Festival de Teatro da Unicentro finaliza com “O que o Mordomo viu”, do Grupo de Teatro de Ponta Grossa (GTPG). Será às 19h, no Teatro Municipal Marina Karam Primak.

Os ingressos são gratuitos e podem ser retirados na Direção de Cultura (Dirc) da Unicentro, no campus Santa Cruz (rua Padre Salvador Renna, 875); ou na Secult, que fica na Casa da Cultura (rua Alcione Bastos, 1.821, Alto da XV).