‘É apenas rock’ n’ roll (mas eu gosto)’: dicas de filmes no Dia Mundial do Rock

Nesta quarta-feira (13), comemora-se o Dia Mundial do Rock, data que é lembrada somente no Brasil, desde os anos de 1990. Mesmo assim, é uma efeméride que cai bem para falar sobre o universo roqueiro. Assim, confira nesta edição um top 3 sobre filmes/documentários em torno desse tal de “rock errou”

Só o Brasil celebra o Dia Mundial do Rock em 13 de julho. Talvez seja a face mais evidente do lado tupiniquim do país ou o velho “complexo de vira-lata” tão bem definido pelo dramaturgo Nelson Rodrigues (1912-1980).

Mesmo assim, com polêmicas à parte, é uma data que tem a sua validade. Afinal, a época sempre propicia festivais reunindo artistas, programação especial, listas de bandas… tudo em nome desse tal de “rock errou”, como diria Lobão.

Por falar em listinhas, a reportagem preparou nesta edição um top 3 de filmes/documentários para comemorar o Dia Mundial do Rock (ou “dia brasileiro do rock”).

EDDIE
A listagem abre com um filme hoje pouco conhecido do grande público: “Eddie, o Ídolo Pop” (título original: “Eddie and The Cruisers”), de 1983. Trata-se de uma ficção dirigida por Martin Davidson e que apresenta a história de Eddie Wilson (Michael Paré), líder de um grupo de rock que morre causando grande comoção popular. Vinte anos depois, um repórter de TV investiga a morte misteriosa do ídolo.

Na verdade, existe a possibilidade de Eddie ter simulado a própria morte para fugir das pressões comerciais no mundo da música. Em 1989, o filme ganhou uma continuação: “Eddie and The Cruisers II”.

STONES
Um dia antes das comemorações brasileiras em torno do rock, a banda The Rolling Stones completou 60 anos de estrada.

Portanto, a lista precisa de um filme sobre os caras. Ponto para “Gimme Shelter”, documentário de 1970.

Em 1969, os Stones faziam uma turnê pelos Estados Unidos. Quatro meses após Woodstock, a banda decidiu encerrar a visita ao país com um grande show gratuito em Altamont Speedway, na Califórnia. Trezentas mil pessoas compareceram, mas uma delas não pode ver o concerto até o fim: Meredith Hunther, um jovem negro, acabou assassinado por um membro da Hell’s Angels contratado para fazer a segurança do evento.

Com direção de Albert Maysles, o documentário tem momentos de grande tensão, com um Mick Jagger (vocalista) atônito em cima do palco com a confusão.

“Gimme Shelter” está disponível gratuitamente na plataforma NetMovies.

METALLICA
Graças à série “Stranger Things”, os fãs vivem onda de interesse pelo Metallica, banda norte-americana de metal pesado.

Mas você sabia que o então trio (James Hetfield, Lars Ulrich e Kirk Hammett) quase acabou na primeira metade dos anos 2000? É verdade. Esta história é contada no documentário “Metallica: Some Kind of Monster” (2004), disponível na Netflix.

O filme de Joe Berlinger e Bruce Sinofsky se inicia em 2001, quando o Metallica vai para um estúdio em San Francisco gravar seu novo álbum. No início das filmagens, o baixista Jason Newsted deixa a banda, após 14 anos. Como a dinâmica entre os demais membros não é das melhores, o empresário contrata um terapeuta para ajudá-los.

Apesar do auxílio profissional, o vocalista James Hetfield continua se desentendendo com o baterista Lars Ulrich. Até que Hetfield se interna numa clínica para tratamento de alcoolismo, voltando um ano depois; e só então o Metallica finaliza o novo álbum.

BRASIL
A cinematografia brasileira tem espaço cativo para produções que giram em torno do rock, principalmente nos anos de 1980, época de efervescência da geração BRock: “Bete Balanço” (1984) e “Rock Estrela” (1985), de Lael Rodrigues; “Menino do Rio” (1988), de Antonio Calmon; e “Areias Escaldantes” (1985), de Francisco de Paula.

Na última década, a história e o repertório da Legião Urbana inspiraram ficções como “Somos tão jovens” (2013), de Antonio Carlos da Fontoura; “Faroeste Caboclo” (2013) e “Eduardo e Mônica” (2020), ambos dirigidos por René Sampaio.

E, no campo do documentário, vale a pena conferir “Titãs – A vida até parece uma festa” (2008), de Oscar Rodrigues Alves e Branco Mello, que conta a trajetória do grupo paulistano por meio da montagem de vídeos e entrevistas registrados ao longo de décadas; e “Rock Brasília – Era de Ouro” (2011), de Vladimir Carvalho, com foco na cena oitentista do Planalto Central, em especial as bandas Legião Urbana, Plebe Rude e Capital Inicial.

ENTENDA
O Dia do Rock é comemorado em 13 de julho porque foi o mesmo dia do Live Aid, um megaevento mundial com vários shows simultâneos que contou com a presença de grandes artistas, como B. B. King, Madonna, Paul McCartney, U2 e Queen.

Mas somente o Brasil é que começou a tradição de celebrar a data, e isso a partir dos anos de 1990 graças à iniciativa de duas emissoras de rádio em São Paulo.

***********Texto: Cristiano Martinez, especial para correiodocidadao.com.br

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