Novo livro de Clara Drummond, ‘Os coadjuvantes’, será lançado em 1º de abril

Cômico e melancólico, sensível e cruel, um romance corrosivo sobre o mundo da arte, o Brasil dos privilégios e uma geração perversamente obcecada por imagem e virtude. Confira mais detalhes na coluna NOTAS TROPICAIS

A editora Companhia das Letras programou o lançamento do novo livro de Clara Drummond para 1º de abril: “Os coadjuvantes”.

Cômico e melancólico, sensível e cruel, um romance corrosivo sobre o mundo da arte, o Brasil dos privilégios e uma geração perversamente obcecada por imagem e virtude.

Vivian é uma jovem curadora de trinta e poucos anos que vive entre Rio e São Paulo. Seu currículo impecável só existe por conta dos diversos trabalhos mal remunerados em instituições prestigiadas, uma vez que vive do dinheiro da família. Quando um episódio trágico faz com que sua vida se cruze com a de Darlene, uma ambulante que vende cervejas em frente a seu apartamento, o mundo de Vivian ganha um rumo sombrio e imprevisível.

“O elo invisível entre seu conforto financeiro e a violência que mora ao lado nos convida a uma jornada ímpar na literatura brasileira contemporânea. Entre o delírio narcisista, personagens obcecados por manter sua posição social a qualquer custo e um retrato cáustico do universo de pais e filhos ricos e privilegiados, a narradora de Clara Drummond nos convida a olhar para a tragédia humana e de um país”, diz o material de divulgação da editora.

SERVIÇO

O livro “Os coadjuvantes” está em pré-venda (R$ 54,90) no site da Cia das Letras.

TRECHOS
“Eu tenho muito pouco entendimento do peso do mundo. Não conheço a fome, não conheço a morte, não conheço o amor. Minha existência é uma busca por pequenas conquistas que na hora soam muito importantes. E daí desejo conquistas ainda menores, como se eu caminhasse olhando para o chão em busca de moedas”.


“não existe um desejo real de igualdade social na esfera da classe artística que estudou em escola construtivista de esquerda. Ninguém quer admitir que talvez não tenha talento suficiente para ocupar determinada posição de destaque”.


“Eu leio jornal, faço a performance usual de indignação, que até é verdadeira e me satisfaz por me assegurar que não sou sociopata, mas só dura 5 minutos. Toda vez que elaboro um plano para sair dessa inércia moral, penso: ‘De que adianta, as estruturas continuam intactas, é enxugar gelo”.

Deixe um comentário