Filme traz à superfície a emblemática carreira de Antonio Pitanga

Coprodução de Globo Filmes, GloboNews, Drama Filmes, Paraguassu e Gangazumba, o material está no catálogo da Amazon Prime Video

O filme não é de hoje. A coluna tem consciência disso. Mesmo assim, vale uma espiada. Digamos que é uma joia perdida na programação do streaming.

Trata-se de “Pitanga” (2017), espécie de filme-documentário em formato de longa-metragem sobre Antonio Pitanga, um dos mais importantes atores na história do cinema brasileiro.

Coprodução de Globo Filmes, GloboNews, Drama Filmes, Paraguassu e Gangazumba, o material está no catálogo da Amazon Prime Video (somente para assinantes).

“Pitanga” tem direção de Beto Brant e Camila Pitanga, que é filha do protagonista. Isto dá um caráter afetivo ao documentário, cujo foco é investigar o percurso estético, político e existencial do ator Antonio Pitanga. Ao longo de sua vida, Pitanga (pai) foi dirigido por grandes cineastas – caso de Glauber Rocha, Cacá Diegues e Walter Lima Jr. –, destacando-se em alguns dos momentos de maior inquietação artística do cinema brasileiro.

Em uma das cenas de “Pitanga”, Antonio aparece no presente conversando com Othon Bastos, outro grande nome do cinema. Assunto: Glauber Rocha e seu lado genial/genioso. Só este trecho valeria todo o longa-metragem de Brant e Camila.

Mas tem outras sequências de encontros: Chico Buarque, Hugo Carvana, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, entre tantos. O presente se mistura com cenas impactantes de filmes do passado em que Antonio atuou.

Sem contar também sua postura como um ator negro que sabia do seu papel social. O documentário traz à superfície esse lado do protagonista.

Enfim, é a história de um gênio da cultura brasileira.

Deixe um comentário