Região dos Campos Gerais deve assumir a liderança da produção de cevada em 2024, diz Boletim

A temporada de 2024 reserva uma possível alteração na liderança da produção de cevada no Paraná.

Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária, publicado nesta quinta-feira (18), os Campos Gerais ganharam espaço, com o plantio antecipado, e devem assumir o posto que é atualmente da região de Guarapuava.

Aliás, as primeiras áreas de cevada já estão semeadas no Paraná para este ciclo. “Este plantio em abril marca uma alteração importante para a cultura no Estado, pois tradicionalmente a região de Guarapuava era a maior produtora, e esta só começa o plantio em maio. Porém os Campos Gerais ganharam espaço e devem assumir a liderança em 2024”, diz o documento elaborado pelos técnicos do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Com Cooperativa Agrária no município de Guarapuava centralizando os trabalhos de processamento desse cereal até 2023, a região administrativa da Seab (chamada de Núcleo Regional e abreviada NR) sediada neste mesmo município concentrou 48% da produção estadual no ano passado, estimada em 278 mil toneladas, enquanto o NR de Ponta Grossa respondeu por 39% deste volume.

Para 2024, conforme o Boletim do Deral, apesar da retração de 16% projetada para a área dedicada à cultura no Paraná, com expressivos 40% a menos no NR de Guarapuava, o NR de Ponta Grossa deve observar um incremento de 10% em sua área, principalmente fruto da abertura de uma maltaria na região.

“Com isso, 48% da área de cevada paranaense passa a estar próxima a Ponta Grossa, com aproximadamente 35 mil hectares semeados, enquanto o regional de Guarapuava passará a responder 35% da área, com 26 mil hectares”, diz o eng. agrônomo C. Hugo W. Godinho.

Isso se deve principalmente à instalação da Maltaria Campos Gerais, a maior da América Latina. Fruto de investimentos de R$ 1,6 bilhão das cooperativas Agrária, Coopagrícola, Capal, Bom Jesus, Frísia e Castrolanda, a previsão é produzir 240 mil toneladas de malte por ano.

Os demais núcleos regionais produtores em menor escala são Curitiba, Irati, Jacarezinho, Pitanga, Apucarana, União da Vitória, Pato Branco e Francisco Beltrão.