Plantio de milho avança e chega a 32% da área estimada no Paraná, diz Deral

O Paraná deve ter uma área estimada em 406 mil hectares de milho na primeira safra de 2022/23, e 32% já estão plantados. A informação consta no Boletim Conjuntural divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) na quinta-feira (15). O órgão é ligado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) e, semanalmente, atualiza as condições das lavouras no campo. 

De acordo com o documento, a segunda quinzena de agosto e a primeira de setembro apresentaram boas condições de clima para o plantio do milho. Houve chuva e período de tempo bom “para as máquinas entrarem nas lavouras”, diz o boletim. A tendência é que o plantio continue até outubro. 

“No cenário nacional, o relatório da Conab informa que a produção de milho da safra 20/21 deve ser de 113,3 milhões de toneladas, uma alta de 30% quando comparado à safra imediatamente anterior”, diz o Deral. “O Estado do Mato Grosso é o maior produtor, com 37% de participação, seguido pelo Paraná, com 15%, e, em terceiro, o Mato Grosso do Sul, com 11% da produção total.”

Em relação à cultura da soja, o vazio sanitário terminou no dia 10 de setembro, e agora os produtores, ainda que de forma pontual, começaram o plantio. O boletim estima que ainda não se plantou nem 1% da área estimada em 5,7 milhões de hectares.

“Nos próximos dias devemos ter um avanço significativo no plantio, pois ocorreram chuvas no Estado e deixaram o solo em condições boas para o plantio”, acrescenta. 

TRIGO

A colheita do trigo continua nas terras paranaenses, chegando a cerca de 20% nesta semana. Até agora, foram disponibilizadas aproximadamente 600 mil toneladas do grão de inverno para o mercado. Segundo o Deral, apesar do volume estar aquém das expectativas, a oferta inicial tem pressionado os preços recebidos pelos triticultores. 

“Há um mês, no dia 15 de agosto, a média de preço da saca de trigo era de R$ 112,07, porém, com a intensificação recente da colheita, o valor atual (14/9) é de R$ 92,33”, explica o documento. 

É uma redução da ordem de 21% que tem preocupado os produtores paranaenses, principalmente os que adquiriram fertilizantes mais tarde e “tiveram custos mais elevados para produzir”, destaca o boletim.

“Outra preocupação dos produtores são as chuvas recorrentes nos últimos dias, especialmente para as lavouras em ponto de colheita, que poderão ter problemas de qualidade, mas também para as mais novas devido a possíveis problemas com doenças”, pontua. 

Apesar disso, a entrada da safra nacional traz alívio, avalia o Deral, “pois o trigo mais barato inibe nova pressão inflacionária”. A tendência, continua, é que os preços das farinhas e dos panificados se mantenham caso a produção tritícola fique próxima ao recorde esperado pela Conab, da ordem de 9 milhões de toneladas.

Com informações do Deral/Seab.