Plantio da soja no Paraná tem calendário definido para próxima safra

O objetivo é reduzir ao máximo possível o inóculo da ferrugem asiática da soja, considerada uma das mais severas doenças que incidem na cultura

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) publicou, na terça-feira (11), a Portaria nº 840 que estabelece os calendários de semeadura de soja referente à safra 2023/2024 para 21 unidades da Federação. No Paraná, os produtores poderão semear a soja entre 11 de setembro e 19 de dezembro de 2023.

O calendário de semeadura é adotado como medida fitossanitária complementar ao período de vazio sanitário, com objetivo de reduzir ao máximo possível o inóculo da ferrugem asiática da soja, considerada uma das mais severas doenças que incidem na cultura. A medida implementada no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) visa à racionalização do número de aplicações de fungicidas e a redução dos riscos de desenvolvimento de resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi às moléculas químicas utilizadas no seu controle.

Em relação aos períodos dos calendários estabelecidos na safra anterior, as alterações para essa nova safra levaram em consideração a análise dos dados relativos ao levantamento do Consórcio Antiferrugem, que detectou expressivo aumento nos relatos da ferrugem asiática da soja na safra 2022/23, em função do regime de chuvas ocorrido à época, conforme dados divulgados pela Embrapa Soja.

Como parte das estratégias de manejo da ferrugem asiática da soja, visando minimizar eventuais prejuízos aos sojicultores e aos demais atores envolvidos na cadeia produtiva da soja, a Secretaria de Defesa Agropecuária adotou um período limitado de 100 dias corridos para os calendários de semeadura em todos os estados produtores de soja, conforme recomendação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), com o propósito de se evitar epidemias severas da doença durante a safra.

O Mapa reforça o alerta emitido em abril sobre a necessidade de um esforço conjunto por parte tanto dos produtores, quanto dos Órgãos Estaduais de Defesa Sanitária Vegetal de cada unidade da Federação quanto à revisão das finalidades e da quantidade de autorizações relativas aos cultivos em caráter excepcional.

A Ferrugem Asiática é considerada uma das doenças mais severas que incidem na cultura da soja, podendo ocorrer em qualquer estádio fenológico. Nas diversas regiões geográficas onde a praga foi relatada em níveis epidêmicos, os danos variam de 10% a 90% da produção.

CEVADA

Os relatórios da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) de 11 de julho mostram que o plantio da cevada foi finalizado na Regional de Guarapuava com 43.200 hectares. No Paraná, a área destinada à cultura foi de 83.395 ha, sendo o Núcleo de Guarapuava o maior produtor. A região de Ponta Grossa, Irati e Curitiba aparecem na sequência com maiores áreas de produção. O trigo também caminha para o final da semeadura com 98% da área já cultivada na região de Guarapuava. A expectativa é de 66.885 ha, abaixo dos 73 mil hectares estimados inicialmente.

As duas culturas apresentam boa condição no campo. Em junho, conforme o Instituto de Desenvolvimento Rural (IDR-PR), o clima favoreceu a cultura do trigo, que até o momento recebeu um quantitativo adequado de chuva para seu crescimento e desenvolvimento. O orvalho também contribuiu para a provisão de água para a cultura.

Redação Mapa; Foto: Mapa).

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