Fapa lançará nova cultivar de cevada na 20ª edição do WinterShow

Para celebrar o lançamento da Princesa, nome dado à variedade, será servida uma cerveja especial, preparada na Cervejaria Experimental da Agrária, com o malte produzido com os grãos da nova cultivar

Durante o encerramento do WinterShow 2023, no dia 19 de outubro, a Fapa – Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária apresentará ao mercado uma nova cultivar de cevada cervejeira. Para celebrar o lançamento da Princesa, nome dado à variedade, será servida uma cerveja especial, preparada na Cervejaria Experimental da Agrária, com o malte produzido com os grãos da nova cultivar. A degustação acontecerá a partir das 18 horas.

O programa de melhoramento genético está entre os muitos estudos realizados pela Fundação no que se refere ao crescimento da produtividade e manutenção da qualidade dos grãos, o que, consequentemente, contribui para a rentabilidade do cooperado da Agrária. “A pesquisa feita pela Fapa oferece suporte não apenas financeiro às nossas atividades, mas a todo contexto de sustentabilidade, por isso a enxergamos como fundamental, tanto para o campo como para nossas indústrias”, esclarece o Diretor Presidente da Cooperativa, Adam Stemmer.

Desde o início dos anos 2000 a Fapa trabalha para a criação de cultivares próprias de cevada. A Imperatriz, lançada no WinterShow de 2019, foi a primeira variedade homologada pelo Programa junto ao Mapa (Ministério da Agricultura e Pecuária). Hoje, ela é semeada em mais de 25 mil hectares nas áreas de cooperados da Agrária que cultivam o grão.

É importante destacar que para servir como matéria-prima à indústria cervejeira, a cevada precisa atender uma série de requisitos, que podem variar conforme o malte que será produzido. Tamanho do grão, porcentagem de proteína e níveis de DON (micotoxina causada por um tipo de fungo) são apenas alguns deles.

De acordo com Noemir Antoniazzi, pesquisador da Fapa responsável pelos estudos com cevada, a Princesa, além de cumprir os critérios básicos para a malteação, apresentou um bom desempenho no campo, especialmente no que diz respeito à sanidade. “Em comparação com a Imperatriz ela é bem menos suscetível a doenças”, revela.

Após o processo de homologação, a intenção é que a Princesa esteja disponível para a produção de malte em grande escala a partir de 2025. Hoje, o Programa de Multiplicação de Sementes da Agrária tem 800 hectares plantados com a cultivar. A expectativa é que seja feita mais uma semeadura no verão, ampliando a área. Além das propriedades de cooperados da Agrária, a Princesa também deverá ser plantada em áreas de fomento e nas propriedades de produtores rurais ligados às cooperativas que fazem parte da Maltaria Campos Gerais. “A Princesa se comportou muito bem em regiões mais quentes que a nossa, diferentemente do que ocorre com a Imperatriz”, explica Antoniazzi.