Colheita de milho chega a 34% da área semeada no Paraná
Segundo dados do Deral, a área é estimada em 2,4 milhões de hectares
O boletim conjuntural do Departamento de Economia Rural (Deral), órgão da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), aponta que a colheita de milho chegou a 34% da área semeada no Paraná, que é estimada em 2,4 milhões de hectares. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (17).
De acordo com o documento, esse percentual de colheita representa 4,76 milhões de toneladas do grão já disponíveis para o mercado. No total, é esperada uma colheita da ordem de 14 milhões de toneladas.
“Com apenas 7% das áreas remanescentes a campo, ainda em enchimento de grãos e todas as demais em processo de maturação, pode-se afirmar que teremos uma produção recorde da segunda safra de milho neste ciclo”, diz o Deral.
O bom resultado nos campos paranaenses está em consonância com o cenário nacional. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima que a safra nacional de milho deve chegar perto das 130 milhões de toneladas.
TRIGO
Outro produto analisado pelo boletim, o trigo tem cerca de 1% da sua área já colhida. Até o momento, 25% da área está em maturação. O Deral indica que houve rebaixamento das condições das lavouras, saindo de 90% em boas condições, no último relatório, para 83% no documento divulgado nesta semana. 15% são consideradas medianas e 2%, ruins.
“Essa piora ainda pode ser compensada por boas produtividades na região de plantio mais tardio, mas acende um primeiro alerta para a concretização de uma safra recorde de 4,6 milhões de toneladas”, explica o departamento.
MANDIOCA
No Paraná, a safra de mandioca avançou na colheita e já atingiu 60% dos 136 mil hectares cultivados neste ano. Com condições climáticas favoráveis, o trabalho de colheita está coincidindo com o plantio da próxima safra, diz o órgão.
“Após alguns meses em que os preços estavam em queda, observa-se que neste início de agosto, as cotações da mandioca estão estabilizadas em torno de R$ 750,00/t, posta na indústria. Este valor, se comparado com o mês de agosto de 2022, que foi de R$ 875,00/t, significa uma redução de 14%”, avalia o Deral.
CARNES
O departamento aponta que a arroba bovina está em queda, com 9,3% de desvalorização acumulada em agosto – o preço estimado no boletim é R$ 221.
“A facilidade de aquisição e as escalas confortáveis nos abatedouros são os principais motivos para a queda quase que diária, que já se estende desde o início de agosto, ainda que dias de altas pontuais e pouco expressivas também tenham sido registrados”, diz o boletim, pontuando que, no atacado paranaenses, houve altas registradas na semana.
Em relação ao abate de frangos, o Deral afirma que a alta é de 4,7% no segundo trimestre de 2023, com 1,557 bilhão de cabeças.