Clima influencia em alta de preços pagos aos produtores de batata e cebola
Além de afetar a produção e a qualidade da safra produzida do tubérculo no estado, o clima adverso também prejudicou as safras do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, regiões que abastecem o mercado paranaense
A forte estiagem registrada no final do ano passado na região Sul do país trouxe impactos no preço pago aos produtores de batata e cebola do Paraná, como mostra pesquisa realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Além de afetar a produção e a qualidade da safra produzida do tubérculo no estado, o clima adverso também prejudicou as safras do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, regiões que abastecem o mercado paranaense.
Com isso, as cotações praticadas com os produtores da variedade ágata foi de R$ 30,00 em janeiro deste ano, o que representa uma alta de cerca de 38% em relação ao praticado em dezembro, quando a saca com 25 quilos era comercializada a R$ 21,74.
No caso da cebola, a falta de chuvas no início do plantio resultou em baixa produtividade e afetou o desenvolvimento da hortaliça, resultando em cebolas miúdas e com baixo calibre, características rejeitadas pelo mercado consumidor. Esses fatores influenciaram no aumento de 25,79% no preço do produto no último mês, quando comparado a dezembro de 2021.
Em contrapartida, os produtores de uva Niágara e de ovos brancos receberam menos pelos produtos comercializados. Em janeiro, a demanda pela fruta foi reduzida, o que aumentou a quantidade do produto no mercado.
Essa redução na procura por esta variedade de uva pode ser atribuída à concorrência com as outras frutas da época, mas, principalmente, pela opção do consumidor pela uva sem semente. Enquanto em dezembro a uva Niágara estava cotada a R$ 4,66 o quilo, em janeiro o preço recuou para R$ 3,09 o quilo, retração de 33,69%.
Cenário semelhante ocorreu com os produtores de ovos. O mercado desaquecido refletiu no aumento dos estoques e, consequentemente, na desvalorização dos preços. A dúzia do ovo grande branco era comercializado a R$ 3,53 em dezembro e caiu para R$ 3,15 em janeiro, redução de 10,76%.