Editora lança no Brasil a adaptação feita por dupla da Bonelli para o Livro das Revelações

O livro bíblico das Revelações de São João em versão bonelliana. Assim pode ser descrito o material produzido por Alfredo Castelli e Corrado Roi, dois gênios dos fumetti da Sergio Bonelli Editore (a mesma casa italiana do ranger Tex).

O leitor brasileiro terá oportunidade de conhecer essa obra por meio da Skript Editora, que está em campanha de pré-venda no Catarse até 28 de abril.

Aliás, a mobilização em torno de “Apocalipse: O Livro das Revelações de São João” já extrapolou a meta inicial de arrecadação, batendo em mais de 200%. “Trata-se de uma pré-venda simultânea com a Amazon. O quadrinho será publicado independente do resultado da campanha”, diz o projeto.

Pudera, os autores são adorados e admirados entre os fãs do quadrinho italiano. Nascido em Milão (Itália), Castelli é o criador de Martin Mystère, um dos personagens mais famosos da Bonelli. O roteirista atuou em diversos outros títulos, sendo um dos autores mais elogiados e antigos ainda em atuação na maior casa editorial italiana.

Já Roi é um dos mais celebrados artista italianos de quadrinhos. Nasceu em Laveno Mombello, província de Varese, Lombardia. Publicou histórias para il Monello e Staff di If até que, em 1986, tornou-se um dos artistas de Dylan Dog. Desde então, é um dos mais requisitados pelo público e editores da Bonelli.

Em “Apocalipse”, a dupla tem o desafio de adaptar o mais enigmático livro da bíblia: o Apocalipse de São João. “Com um roteiro afiado e uma adaptação visceral, a estrutura dessa obra ultrapassa os limites da linguagem tradicional das HQs. O resultado é um caminho visual, acompanhado de palavras novas e antigas, que mergulham o leitor em um mundo primordial e privado da espacialidade, para descobrir um dos textos essenciais da história humana”, diz a descrição do projeto.

EDIÇÃO
A edição da Skript terá acabamento de luxo, com fitilho, marcador de página, capa dura e miolo PB em alta gramatura. Formato 30 por 23 cm (com 1,5 cm espessura), 128 páginas.

Com tradução de Paulo Guanaes, a HQ é revisada por Ester Gewehr e editada por Douglas Freitas e Diego Moreau, com layout de Erick Alves.

PARATEXTO
A HQ brasileira terá um paratexto exclusivo, escrito por uma das maiores especialistas do país: Tupá Guerra Guimarães da Silva.

Ela possui graduação em Bacharelado pela Universidade de Brasília (2010), graduação em Licenciatura pela Universidade de Brasília (2010), mestrado em História pela Universidade de Brasília (2012) e doutorado em PhD em Teologia – University of Birmingham (2017). Tem experiência na área de História, com ênfase em História Antiga e Medieval, atuando principalmente nos seguintes temas: demonologia, demônio, Antigo Testamento, mal e estudos religiosos.

EDITORA 85
Por falar em fumetti, a editora 85, de São José dos Campos (SP), está em pré-venda de duas edições, também pelo Catarse até 17 de março: “Grande Diabolik” 1 e “Nick Raider” 2.

Diabolik é um personagem criado em 1962 pelas irmãs Giussani e publicado pela editora Astorina. É um homem de inteligência fora do normal e de uma audácia sem limites. Com suas máscaras especiais feitas de plástico, consegue modificar a fisionomia de seu rosto; com lentes de contato coloridas, muda a cor dos seus olhos, e graças a uma infinidade de truques é capaz dos crimes mais bem engendrados, ao lado de sua fiel parceira, e não menos cruel, Eva Kant. Somente a genialidade e tenacidade do inspetor Ginko é capaz de enfrentar Diabolik e Eva Kant.

Por usa vez, Nick Raider surgiu em 1988, pelas mãos de Claudio Nizzi, conhecido dos leitores brasileiros como o herdeiro de Gianluigi Bonelli nos roteiros do cowboy Tex. O Nizzi de Nick Raider pode surpreender o leitor de western, pois o seu policial contemporâneo é fruto de um caos urbano onde o clima noir se mescla à mesquinharia do cotidiano, como o “mundo cão” (bordão que nosso herói tanto balbucia). Raider é um detetive do Esquadrão Homicídios de Manhattan, um policial inspirado na figura de Tex: corpulento, corajoso, um herói incansável, hábil, cujo combate nunca termina.