Início do ano e aumento de casos de Covid-19 diminuem doações de sangue em Guarapuava

Em entrevista ao CORREIO, a chefe técnica do Hemocentro de Guarapuava falou sobre as coletas no início de 2022 e a queda no número de doadores

Com muitas pessoas viajando, o início de ano é uma época de pouca procura no Hemocentro de Guarapuava para doação de sangue. Mas, apesar do número de doadores diminuir, o órgão está conseguindo atender a demanda. Além de Guarapuava, o Hemocentro atende outros 19 municípios que fazem parte da 5ª Regional de Saúde.

Em entrevista ao CORREIO, a enfermeira e chefe técnica do Hemocentro de Guarapuava, Claudia Franciosi Pinto, disse que a diminuição no número de doadores também é devido ao aumento de casos de Covid-19 no início de 2022. “A gente tem sentido uma dificuldade também em função de resultados positivos [de covid-19]. Muitos doadores que a gente tem entrado em contato por estar precisando de um tipo específico, boa parte está contaminada com Covid”, afirma, reiterando que a doação só pode ocorrer 30 dias após a doença.

De acordo com Claudia, normalmente, são coletadas 28 bolsas por dia, um número que parece baixo, mas que segundo ela, é o ideal para que não haja o descarte das bolsas já que os hemocomponentes tem um prazo de validade. “A gente tem que estar controlando tudo que entra e tudo que a gente libera de hemocomponente. Nós temos local para armazenamento, mas o ideal é que não seja lotado”, explica.

Agora, com menos doações neste período, o órgão está coletando no máximo 20 bolsas. Este número, conforme Cláudia, é referente à última semana. A chefe técnica aponta que ainda é possível atender a demanda, já que devido a pandemia, as cirurgias eletivas estão suspensas.

O sangue 0-, doador universal, é o tipo sanguíneo mais necessário para o Hemocentro. Claudia pontua que em casos de extrema urgência ele é encaminhado. “A gente procura manter um estoque um pouco maior”.

Mesmo com a pandemia, 2021 foi um ano positivo para o Hemocentro na avaliação da chefe técnica. Ela aponta que em nenhum momento houve uma situação crítica de falta de sangue. “Nos nossos estoques foram suficientes para nossa região e ajudou a hemorrede. Uma unidade ajuda a outra”, comemora.

De acordo com Claudia, normalmente, são coletadas 28 bolsas por dia, um número que parece baixo, mas que segundo ela, é o ideal para que não haja o descarte das bolsas (Foto: Redação)

COMO DOAR
Desde o início da pandemia o Hemocentro adotou o agendamento de coleta, uma maneira de controlar o fluxo de pessoas no local e garantir a agilidade no atendimento aos doadores. Hoje, para ser um voluntário, o doador precisa entrar em contato por ligação e agendar um horário.

Segundo Cláudia, isso facilita o processo e faz com que seja mais rápido. “A gente atende o doador com horário pré-agendado, agora, no máximo em meia hora o doador está liberado. Faz o cadastro na recepção, passa pela triagem clínica, faz a triagem hematológica, coleta e o lanche, isso tudo num período de no máximo 30 minutos”, pontua.

O Hemocentro pede que as pessoas que não estejam com Covid-19 e sem problemas de saúde, sejam voluntários e contribuam neste momento em que muitas pessoas não estão conseguindo doar em razão do novo coronavírus. “Ligue, agende um horário, que é aqui é um ambiente muito seguro em relação a pandemia. Estamos trabalhando com um protocolo muito seguro. Então, aqueles que puderem que entrem em contato para que a gente possa manter nossos estoques tranquilamente. ”, pede Cláudia.

SERVIÇO
O Hemocentro Regional de Guarapuava fica na rua Afonso Botelho, 134. Telefone para contato: (42) 3622-2819.

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