Melhem confirma Moção de Repúdio para Schran

Yorran Barone
Reportagem local

Apesar de aprovado no início da semana, o PME (Plano Municipal de Educação) – Projeto de Lei n° 30/2015 ainda gera polêmicas e o foco de discussões alcançou a esfera pública. A votação para o acato da matéria contou com 20 votos favoráveis, bem como um contrário de Antonio Geraldo (PT); mesma quantia para as duas emendas apreciadas.

O texto foi encaminhado ao prefeito Cesar Filho, que já o sancionou, respeitando os prazos estipulados pelo MEC (Ministério da Educação). Deste modo, foram excluídos da redação final os seguintes termos da meta 15.3: Educação das Relações de Gênero e Diversidade Sexual. Além deste, os parlamentares também retiraram frases da meta 2.29, sendo Educação de Gênero e Sexualidade, bem como Plano Nacional de Cidadania e Direitos Humanos LGBT. Ambas são de autoria de Elcio Melhem (PP), mas a segunda contou com a assinatura de João Napoleão (PROS), Nerci Guiné (PHS) e Mario Scheidt (PHS).

A solenidade que teve como pauta esta proposição contou com a maciça presença de representantes das instituições religiosas (grande maioria), mas também recebeu um pequeno grupo de apoiadores da proposição finalizada na Conferência Municipal de Educação.

Diante deste cenário, a vice-prefeita e secretária de Políticas Públicas para as Mulheres, Eva Schran, destacou que as alterações são caracterizadas como um retrocesso. A declaração gerou indignação por parte de alguns vereadores, que se utilizaram da tribuna, na última terça-feira (23), para contestá-la.

Durante a fase do grande expediente, Elcio Melhem confirmou que produz uma Moção de Repúdio, com o seguinte teor: a pessoa da Eva Schran concomitantemente em desagravo à família guarapuavana. De acordo com o edil, tal Requerimento deverá ser apreciada já na próxima semana ou na primeira sessão do 2° Período Legislativo Ordinário – lembrando que a Câmara passará por recesso parlamentar e os trabalhos em plenário retornam logo no início de agosto. Espero que receba o apoio de todos, pois é inadmissível que venha a público com essas declarações, ofendendo os próprios parlamentares de sua base, afirmou Melhem.