Viveiros do Paraná produzem mais de 100 espécies nativas para preservação da Mata Atlântica

Iniciativas do Estado também visam a preservação da Grande Reserva da Mata Atlântica e a criação de Unidades de Conservação (UCs)

O Paraná é um estado privilegiado com o Bioma Mata Atlântica, sendo o que abriga a maior parte da Grande Reserva, também presente nos estados de São Paulo e Santa Catarina. Com o objetivo de despertar a consciência ambiental, por meio da produção e plantio de árvores nativas, ao mesmo tempo que o Estado avança no seu desenvolvimento, foi criado o programa Paraná Mais Verde.

Os 19 viveiros do Paraná são capazes de produzir cerca de 3 milhões de mudas ao ano de espécies nativas, inclusive as listadas como ameaçadas de extinção, como araucária, imbuia e peroba rosa. As mudas são plantadas em áreas que precisam ser recuperadas ou melhor arborizadas, bem como incentivar a população a plantar árvores, seja em área urbana ou rural, para colaborar no equilíbrio do clima.

“É um programa pelo qual o Paraná já distribuiu, desde 2019, mais de 5,5 milhões de mudas nativas. Quando plantadas, essas mudas representam uma área de reflorestamento que equivalem a 3.300 campos de futebol”, destacou o secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Everton Souza.

O Paraná Mais Verde contempla linhas de ação para a manutenção da biodiversidade: o projeto Revitaliza Viveiros, que prevê a reestruturação e modernização de 19 viveiros florestais e dois laboratórios de sementes; incentivo à produção de espécies ameaçadas de extinção; distribuição de mudas em datas comemorativas, como o Dia da Água (22/03), Dia do Meio Ambiente (05/06), Dia da Árvore (21/09) e Dia do Rio (24/11); plantio de mudas de árvores nativas nos Parques Urbanos; e a instalação de Jardins de Mel, pelo Poliniza Paraná.

O programa também é uma das maneiras de proteger a Mata Atlântica, cuja data nacional é comemorada nesta sexta-feira (27). São ações, ainda, o apoio à manutenção da Grande Reserva Mata Atlântica, iniciativa fruto da parceria entre governos, pesquisadores e instituições civis. A reserva é composta por diferentes tipos de Unidades de Conservação, Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN) e outras modalidades de áreas legalmente protegidas.

MATA ATLÂNTICA

Hoje, o bioma ocupa cerca de 2,5 milhões de hectares do Paraná, sendo o Estado brasileiro com maior remanescente. O Dia Nacional da Mata Atlântica tem como principal objetivo conscientizar a população sobre a importância de conservar esse bioma e frear o desmatamento, além de recuperar as áreas que foram degradadas.

Ela foi criada no dia 21 de setembro de 1999 através de um Decreto Presidencial. O dia 27 de maio foi escolhido em referência a “Carta de São Vicente”, um documento escrito pelo Padre Anchieta em 1560 com descrições da biodiversidade das florestas tropicais nas Américas.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

As Unidades de Conservação (UCs) são importantes ferramentas estratégicas de conservação da biodiversidade desse bioma. “Hoje, o Paraná possui 70 (UC’s), sendo 53 de proteção integral e 17 de uso sustentável, de acordo com os Decretos de Criação desses espaços. Elas preservam o patrimônio biológico e natural existente e contribuem para a conservação da Mata Atlântica”, afirma o diretor de Políticas Ambientais da Sedest, Rafael Andreguetto.

Um exemplo é o Parque Estadual das Lauráceas (PEL), que constitui um dos maiores remanescentes de Mata Atlântica no Paraná. Com 30 mil hectares, o espaço abriga mais de 300 espécies de animais e 750 espécies de plantas. Localizado em Adrianópolis, na Região Metropolitana de Curitiba, o parque está inserido em uma região montanhosa, com vales profundos e cachoeiras, onde conserva uma vasta biodiversidade paranaense. A unidade busca promover a pesquisa científica e a educação ambiental.

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