Ranking aponta pesquisadores e universidades estaduais entre destaques nacionais da ciência; Unicentro figura nas posições 127 (BR) e 393 (AL)

Ranking da plataforma AD Scientific Index enfatiza a produtividade científica dos pesquisadores das universidades estaduais do Paraná, em nível nacional e internacional

O professor Ângelo Antonio Agostinho, da Universidade Estadual de Maringá (UEM), é o 72º entre os 100 cientistas mais influentes do Brasil de 2022. Ele é o melhor qualificado entre docentes das universidades vinculadas ao Estado nesse estudo. A informação é da plataforma AD Scientific Index, que destaca ainda outros 985 pesquisadores das sete instituições estaduais de ensino superior do Paraná no ranking mundial de cientistas e universidades.

Dentre as 522 instituições brasileiras ranqueadas, a UEM ocupa a 29ª posição nacional e o 65º lugar na América Latina (AL), reunindo 574 pesquisadores. Na sequência, com 310 cientistas, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) figura em 33º e 71º lugares nacional e latino-americano, respectivamente.

O levantamento avaliou individualmente cada pesquisador, com base em citações dos últimos cinco anos, além da produtividade, repercussão e impacto de artigos científicos. No geral, o ranking analisou 15.159 universidades de 216 países distintos, entre instituições públicas e privadas. No âmbito latino-americano, a plataforma reúne 58.492 cientistas vinculados a 1.668 universidades de 34 países.

O AD Scientific Index combina indicadores como o índice h (ou h-index em inglês), que considera o número de citações recebidas pelas publicações; e o índice i10, que contabiliza os artigos com 10 ou mais citações, tomando como fonte o Google Acadêmico – uma das principais plataformas para a pesquisa de literatura acadêmica e científica.

A avaliação envolve 12 categorias: Agricultura e Silvicultura; Artes, Design e Arquitetura; Negócios e Gestão; Economia e Econometria; Educação, Engenharia e Tecnologia; História; Filosofia; Teologia; Direito e Estudos Jurídicos; Ciências Médicas e da Saúde; Ciências Naturais; e Ciências Sociais.

DESENVOLVIMENTO

Ângelo destaca a importância da ciência no contexto de desenvolvimento econômico e social. “A produção científica é essencial para o desenvolvimento do País, sendo responsável pelos avanços nos conhecimentos em diferentes áreas. Por meio da ciência é possível encontrar soluções para questões ambientais, econômicas e sociais, além de subsídios para promover políticas públicas para atender as necessidades da sociedade”, afirma.

Já aposentado, ele atua como voluntário no Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA) da UEM, com ênfase nas áreas da Biologia, como a Limnologia, uma especialidade que estuda águas doces (rios, riachos, lagos, lagoas, represas, entre outros). O pesquisador também está classificado na categoria 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Para a assessora de Relações Internacionais da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Marila Annibelli Vellozo, o ranking enfatiza a produtividade científica dos pesquisadores das universidades estaduais do Paraná, em nível nacional e internacional.

“Esse ranking prioriza a produtividade dos cientistas, evidenciando a competência das instituições. Ao mesmo tempo, reforça a importância das nossas universidades estaduais, que influenciam os resultados da produção científica no Brasil e na América Latina. Essa alta produtividade espelha o conhecimento, comprometimento e a dedicação dos cientistas, assim como as políticas públicas voltadas para o ensino superior e a pesquisa”, salienta.

Além do pesquisador da UEM, o professor Carlos Ricardo Soccol, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), figura na 66ª posição entre os cem melhores cientistas do Brasil.

UNIVERSIDADES

As demais universidades estaduais do Paraná estão classificadas da seguinte forma: com 100 cientistas, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) figura em 132º lugar nacional e 308º na AL; seguida pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), que conta com 99 cientistas listados, ocupando a 64ª colocação no Brasil e a 127ª posição latino-americana; e pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro), com 74 pesquisadores, nas posições 127 e 393, no Brasil e na AL, nessa ordem.

Também constam na lista a Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP), com 20 pesquisadores, ranqueada em 204º lugar no Brasil e 531º na América Latina; e a Universidade Estadual do Paraná (Unespar), que reúne nove cientistas, na 233ª posição entre as instituições brasileiras e no 634º lugar na AL.

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