Guarapuava tem primeira criança entre 5 a 11 anos vacinada contra a Covid-19

A vacinação pediátrica iniciou no município, nas Unidades Básicas de Saúde do Morro Alto, Santana e Campo Velho, com prioridade para crianças com deficiência ou comorbidades que tenham entre 5 e 11 anos completos

Valentina Nogueira de Matos (11 anos) foi a primeira criança guarapuavana na faixa etária de 5 a 11 anos vacinada contra a Covid-19.

Diagnosticada com diabetes mellitus tipo 1, Valentina recebeu a dose do imunizante na manhã desta segunda-feira (17). “Foi como tomar insulina, não senti nada”, relatou.

A mãe, Simone Nogueira de Matos, conta que esperou quase três anos para que finalmente chegasse a vez da filha ser imunizada e que agora com a vacina ela ficará mais tranquila. “Nós conversamos em casa sobre esse momento, que hoje é o melhor dia desses últimos dois anos. Chegamos às 5h da manhã e valeu a pena cada minuto esperado, agora com minha filha imunizada fico mais tranquila de poder retornar aos poucos nossa rotina”, expressou.

A vacinação pediátrica iniciou no município, nas Unidades Básicas de Saúde do Morro Alto, Santana e Campo Velho, com prioridade para crianças com deficiência ou comorbidades que tenham entre 5 e 11 anos completos.

“Estamos muito contentes em avançarmos para mais essa etapa da imunização, pois cada vez fica mais comprovado que a imunização é a solução para a pandemia. Por isso, levem os seus filhos para receber essa dose do imunizante que está sendo tão eficaz, refletindo nos índices de ocupação hospitalar e contribuindo para o enfrentamento da covid-19”, reforçou o prefeito, Celso Góes.

O Caio Ferreira (7 anos) tem bronquite. Segundo o menino, ele estava ansioso para receber a primeira dose do imunizante. Acompanhado pela mãe, ele foi o segundo a se vacinar. “Meu coração de mãe está transbordando de alegria em saber que ele está protegido. Daqui a pouco voltam às aulas e esse ano eles estarão imunizados”, comemorou a mãe, Michele Nicheclw Ferreira.

A pequena Alice Lima Ferreira (7 anos) também recebeu o imunizante. Ela, que tem bronquite aguda, afirmou estar emocionada com o momento. Sentimento compartilhado com a mãe, Aline Ferreira. “Essa vacina é a esperança para todos. Meu marido não teve essa chance de ser vacinado, teve covid no início da pandemia e teve problemas cardiorrespiratório e hoje lutamos com a reabilitação dele. Então é a esperança de dias melhores de poder viver, respirar sem máscaras. E, as pessoas que ainda têm dúvida quanto à vacina, porque muitos fatos que surgem, eu aconselho a procurar um médico do seu filho, conversar sobre a vacina e vir sem medo, apenas com a esperança de que a gente acabe logo com toda essa pandemia”, finalizou.

COMO FUNCIONA
A vacinação segue nesta segunda-feira, até as 17h. Para receber a vacina, a mãe ou responsável deve levar uma cópia do atestado/laudo médico ou da receita do medicamento de uso contínuo, que ficará retida no momento do atendimento, além da certidão de nascimento.

As comorbidades contempladas conforme já estabelecidas pelo Plano Municipal de Imunização, são:

Diabete mellitus;

Pneumopatia crônica grave: DPOC, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (nesse caso, obrigatório fazer o uso recorrente de corticoides sistêmicos via oral);

Hipertensão Arterial Resistente: hipertensão arterial, ou seja, que fazem uso de medicação contínua para controle de pressão alta;

Doença Cardiovascular: acompanhamento ou uso de medicação para doenças do coração como insuficiência cardíaca, arritmia, infarto, cardiopatia, angina etc.;

Doença cerebrovascular: acompanhamento/tratamento para doenças cerebrovasculares, acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico; ataque isquêmico transitório; demência;

Doença renal crônica: que fazem tratamentos como diálise peritoneal ou hemodiálise.

Imunossupressão: transplantadas; HIV e CD4 10 mg/dia, em pulsoterapia, uso de imunossupressores; com imunodeficiências primárias, paciente oncológicos;

Anemia falciforme;

Obesidade mórbida: IMC maior ou igual que 40;

Cirrose hepática: Com cirrose hepática Child-Pugh A, B ou C,

Deficiência Permanente (entre elas, Síndrome de Down, Autismo, etc…);

Cadastradas no Programa Benefício de Prestação Continuada.

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