Crea-PR completa 87 anos e destaca como ponto forte o estreitamento do diálogo com a sociedade

Entre as suas principais ações recentes, o Conselho destaca a articulação das regionais para contribuir com a nova proposta de concessão de pedágio no Paraná

No dia 11 de junho de 2021, o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR) completa 87 anos de fundação. Dezenove presidentes passaram pela gestão da autarquia, representando a diversidade dos profissionais que atuam no Estado, nas áreas das Engenharias, da Agronomia e das Geociências.

Em mais de oito décadas de história, o Crea-PR atua em prol da melhoria do ambiente de trabalho e garantia dos direitos de um contingente que, atualmente, é de mais de 70 mil profissionais registrados no Paraná, por meio de suas oito regionais Apucarana, Curitiba, Cascavel, Guarapuava, Londrina, Maringá, Pato Branco e Ponta Grossa, além das 35 inspetorias ligadas a estas cidades.

O desenvolvimento profissional de Engenheiros, Agrônomos e Geocientistas é a razão de existir da autarquia, mas, cada vez mais, o Conselho estreita o seu diálogo e participação como um agente que faz a diferença no crescimento do Estado.

“Em 87 anos de história, o Crea-PR sempre manteve e está cada vez mais intensificando um diálogo qualificado e com uma participação ativa e influenciadora de importantes decisões na sociedade. As profissões que o Conselho representa ajudam a construir o Paraná, do ponto de vista estrutural e econômico. Por isso, entendemos que a proximidade com o poder público, entidades de classe e sociedade civil é um papel fundamental que cabe a nós. Não podemos ser neutros, temos que nos posicionar sempre como um agente de mudança e desenvolvimento sustentável”, afirma o presidente do Crea-PR, Engenheiro Civil, Ricardo Rocha de Oliveira.

Um exemplo recente e prático desta proximidade é a articulação das oito regionais do Crea-PR, em conjunto com as respectivas entidades de classe locais, para sugerir melhorias nas novas propostas de concessão de pedágio do Estado. Cada regional analisou minuciosamente os trechos de rodovia que perpassam as suas fronteiras, e o Crea-PR, por sua vez, reuniu todas as considerações num mesmo documento e encaminhou para apreciação da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Assembleia Legislativa do Paraná e Governo do Estado.

CONTRIBUIÇÕES DA REGIONAL GUARAPUAVA
A Regional Guarapuava do Crea-PR, composta por inspetorias localizadas nas cidades de Guarapuava, Irati, Laranjeiras do Sul e União da Vitória sugeriu diversas melhorias técnicas nas rodovias que cortam a região, em especial as BRs 277 e 373.

O estudo foi realizado com o apoio das entidades de classe regionais AEARI (Associação dos Engenheiros Agrônomos do Centro Sul do Paraná), AEAVI (Associação dos Engenheiros, Arquitetos e Agrônomos do Vale do Iguaçu), AEFLOR (Associação dos Engenheiros Florestais do Centro Sul do Paraná), AENVAPI (Associação dos Engenheiros do Vale Piquiriguaçu), AEAGRO (Associação dos Engenheiros Agrônomos da Região de Guarapuava), AEAG (Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Guarapuava), APROGEO (Associação Profissional de Geógrafos do Paraná), ARECI (Associação Regional dos Engenheiros Civis de Irati), ASPEF (Associação Sul-Paranaense de Engenheiros Florestais) e ACSPEA (Associação Centro-Sul Paranaense dos Engenheiros Ambientais).

“Além das sugestões técnicas, nós julgamos de extrema importância a participação popular da sociedade civil organizada nas eventuais correções de rota dos contratos. Transparência antes, durante e depois da concessão, com criação de comitês por lote e também de todos os contratos, além de auditorias externas”, afirma o Gerente da Regional Guarapuava do Crea-PR, Engenheiro Eletricista Thyago Giroldo Nalim.

Para o Coordenador Adjunto do Colégio de Entidades de Classe do Crea-PR/Regional Guarapuava e Presidente da Aprogeo-PR, Geógrafo Jorge Campelo, o incremento de tarifas somente deve acontecer após a entrega das obras programadas. “Sugerimos que seja definido um mecanismo que, de fato, obrigue que a empresa execute as obras previstas em contrato (incluir multas e demais penalidades, redução dos valores atuais das tarifas, entre outros), independente desta abrir ou não mão do incremento de tarifas previsto para a execução da obra. Dessa forma podemos reduzir ainda mais os riscos das obras não serem executadas”, avalia.

SUGESTÕES TÉCNICAS ESPECÍFICAS
Intersecção BR 277 – PR 438 / Marginal Anila/Posto Montanha KM 232

Execução da Intersecção BR 277 – PR 438 com o Trevo Diamante, complementando com Via Marginal LD/LE. Por se tratar de um trecho movimentado e com localização privilegiada é preciso que seja dada a devida atenção. Podendo ser utilizado o retorno em “X”, projetado no KM 232, para entrada e saída da marginal que atende aos empreendimentos supracitados.

Acesso ao IDR (IAPAR) – Irati – KM 235

Execução de acesso por Trincheira/Viaduto ao Instituto de Desenvolvimento do Paraná – IDR (IAPAR), KM 235, intersecção essa também utilizada por moradores dos bairros Fragatas, Tucholka, Nhapindazal e zona rural adjacente, se tratando de uma via estratégica para retirada do fluxo pesado que circula sentido PR 364.

Trevo de acesso a Fernandes Pinheiro, via PR 438 – KM 234

Execução de viaduto na interseção das rodovias, considerando que, nos últimos anos, ocorreram inúmeros acidentes com perdas de vidas, devido ao grande fluxo de veículos.

No mesmo trecho, é preciso incrementar a sinalização de redução de velocidade e providenciar recuo do trevo de acesso à PR 438, Rodovia Irati – Teixeira Soares, em relação à BR 277.

Além disso, implantar sistema de sinalização luminosa intermitente e sinalização vertical de alerta para redução de velocidade, para acesso ao Restaurante Anila, onde se verifica tráfego intenso.

Saída de Irati sentido a Curitiba (trevo de acesso principal)

Execução de Via Marginal na BR 277 LD/LE, tendo início no acesso principal de Irati KM 238 até o KM 236, com a finalidade de atender as necessidades das empresas sediadas no Parque Industrial de Irati e demais empresas e moradores da região, devido ao alto fluxo de veículos pesados que trafegam entre as empresas e o município.

Saída de Irati sentido a Curitiba (trevo secundário)

Execução de Via Marginal na BR 277 LD/LE, desde o acesso secundário de Irati KM 242 até o acesso principal de Irati KM 238, com a finalidade de atender diversos anseios da comunidade lindeira, permitindo o acesso a moradores da localidade de Serra dos Nogueiras, bairro Vila Nova, centro de Irati, ETE SANEPAR e outros moradores Esse trecho tem grande tráfego e histórico de acidentes fatais.

Trevo de acesso secundário a Irati KM 242

Execução de viaduto no trevo de acesso secundário a Irati. A falta de visibilidade nesse trecho contribui para a ocorrência de diversos acidentes, ainda mais devido ao grande fluxo de veículos.

No mesmo trecho é necessário a instalação de redutor de velocidade antes do acesso ao município e inclusão de via marginal curta para o acesso.

Saída de Irati sentido a Guarapuava

Execução de Via Marginal na BR 277 desde o KM 242 até o KM 243 LD/LE, com a finalidade de atender diversos anseios da comunidade lindeira, permitindo o acesso ao distrito de Pinho de cima, Pinho de Baixo, Caratuva, Serra dos Nogueiras e também ao perímetro urbano da cidade de Irati, oferecendo maior segurança e trafegabilidade ao usuário.

Trevo de acesso a Prudentópolis, via PR-160 – KM 280

Execução de viaduto no trevo que dá acesso a cidade de Prudentópolis, pois é um local de grande fluxo de veículos e com baixa visibilidade.

Trevo de acesso principal a Prudentópolis – KM 262

Execução de viaduto no trevo de acesso à BR 373, rodovia com grande fluxo de veículos e onde está localizado o Parque Industrial do município.

Trevo do Relógio até Prudentópolis

Verificar se a inserção de retornos levou em consideração as atividades agrícolas locais, evitando acidentes devido ao trânsito de máquinas na pista, pois a maioria dos agricultores locais são pequenos produtores e possuem máquinas obsoletas. Respeitar somente as regras de 2km entre retornos não deve ser a única situação a avaliar, mas sim ser analisado em função do uso real da rodovia.

Posto de pedágio do Relógio à Imbituva

Existem várias intervenções que afetam a vegetação lindeira da rodovia, sendo algumas expressivas. Estas áreas normalmente compõem as RL legais dos imóveis atingidos, nos caso em que a construção gera um déficit de reserva legal, que seja adotada na análise para indenização, tanto o aspecto/impacto legal/financeiro para os donos de imóveis, como o impacto ao meio ambiente. Isso pode ser observado em toda a marginal entre o trevo do Relógio.

Serra da Esperança – KM 316 ao KM 309

Instalação de sistema de iluminação no trecho da BR-277 na Serra da Esperança. É um local de tráfego intenso e muito perigoso, com ocorrências de vários acidentes. A iluminação possibilitará maior visibilidade e segurança, principalmente durante a noite e nos períodos de neblina.

Região de Guarapuava KM 335

Existe uma passarela no KM 335, e a sugestão é de que fosse mais próxima do KM 336. A localização atual será pouco eficiente para a sua real funcionalidade.

Perímetro urbano e industrial de Guarapuava KM 345 ao KM 360

Verificar a duplicidade de obras que estão sendo realizadas atualmente, para que não sejam adicionadas ao novo contrato, assim reduzindo os custos reais do que será executado. Reforçamos a importância das obras de marginais durante todo o perímetro urbano da cidade se estendendo até a área industrial. Importante a instalação de trincheiras a cada 1,5Km no perímetro urbano da cidade.

Trevo de acesso à Industria Santa Maria – KM 370

Execução de uma trincheira para acesso a indústria, considerando a grande circulação de veículos neste ponto.

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