Um ano do ataque a Guarapuava: Ministério Público denunciou 20 pessoas
O saldo é de 24 prisões durante operações policiais e de sete suspeitos mortos; a fase atual é de audiências de instrução em um dos três processos do crime
Na segunda-feira (17), o ataque sofrido pelo 16º Batalhão de Polícia Militar (BPM) e pela empresa de transporte de valores Protege, em Guarapuava, completa um ano. O crime ocorreu na noite de Páscoa e colocou a população em estado de pânico. A “terra do lobo bravo” foi sitiada por cerca de 30 criminosos fortemente armados.
Desde o ocorrido, as polícias Civil, Militar e Científica do Paraná atuaram na investigação e prisão de suspeitos de envolvimento no crime, além da apreensão de provas, armas e munições. Conforme a Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), 24 pessoas foram detidas, 17 delas em uma ação policial em setembro. Outras sete foram presas anteriormente. Além disso, oito suspeitos acabaram morrendo durante os cumprimentos de mandados. Não foi informado se os envolvidos seguem presos.
Durante as investigações, conforme a Sesp, a polícia paranaense conseguiu identificar os indivíduos que faziam parte da organização criminosa e descobriu que eles eram de vários estados, além de que os valores eram utilizados na compra de itens de luxo.
Conforme apurado, a organização criminosa é responsável ainda por outros roubos em Campina Grande do Sul, Cerro Azul, Lapa e Quitandinha, no Paraná, Criciúma, Araquari e Blumenau, em Santa Catarina, Araçatuba e Ourinhos, no estado de São Paulo, e em Itajubá, em Minas Gerais.
Em Guarapuava os ladrões não tiveram êxito na ação e saíram da cidade sem levar nenhum valor. No entanto, durante a ação, eles atingiram um policial militar. O Sargento Ricieri Chagas chegou a ser encaminhado para um hospital, mas morreu dias depois.
DENÚNCIA
Em contato com o Ministério Público do Paraná, o CORREIO apurou que o órgão, através da 4ª Promotoria de Justiça de Guarapuava, ofereceu denúncia criminal contra 20 pessoas. “Os crimes imputados aos réus foram: latrocínio, organização criminosa, porte de armas de uso restrito, sequestros, incêndios, danos ao patrimônio público”, diz o MPPR.
As audiências de instruções de um dos processos relacionados à tentativa de assalto tiveram início em 27 de fevereiro de 2023. Há ainda outros dois que tramitam na 2ª Vara Criminal de Guarapuava. Na última quinta (13) e sexta-feira (14), ocorreu a continuação da audiência de instrução de um deles.