Paraná e São Paulo buscam mais integração e troca de experiências em segurança pública

Comitiva paranaense, chefiada pelo secretário estadual da Segurança Pública, esteve em São Paulo para conhecer instalações e projetos das instituições daquele estado

Uma comitiva formada por representantes das forças de segurança pública do Paraná, chefiada pelo secretário estadual, Romulo Marinho Soares, esteve nesta terça-feira (29) em São Paulo para conhecer as instalações e projetos das instituições desta área naquele estado.

O objetivo foi buscar conhecer boas práticas que podem ser aplicadas no Paraná e, também, tratar de maior integração e troca de experiências entre os estados para reforçar ações de combate ao crime, em especial em operações que devem ser desencadeadas nos próximos meses.

O secretário Marinho Soares falou sobre alguns dos trabalhos que estão sendo realizados no Paraná, como a transferência das carceragens das delegacias à gestão do Depen-PR, o que permite que o policial civil se dedique à atividade essencial, que é a investigação.

Marinho Soares lembrou que a estrutura de segurança pública de São Paulo é considerada referência no país. “Viemos conhecer pontos fortes deste estado, para levar ideias e aperfeiçoar, dentro da nossa realidade, a fim de contribuir para a redução da criminalidade e para a melhoria da segurança pública dos paranaenses”, afirmou.

A primeira visita ocorreu no Centro de Operações Integradas (COI) da Secretaria da Segurança Pública de São Paulo. Além da visita à estrutura, foi discutida a continuidade de operações conjuntas entre os dois estados. A apresentação foi do coordenador-geral do COI, Carlos Sérgio Câmara Saú.

A comitiva esteve na Delegacia-Geral da Polícia Civil, onde o diretor do Departamento de Inteligência de Polícia Civil (Dipol), delegado Caetano Paulo Filho, destacou a importância da troca de experiências entre os estados.

“A agenda foi muito positiva”, disse o delegado-geral da Polícia Civil do Paraná, Silvio Jacob Rockembach. “É muito importante essa troca de experiência, isso facilita bastante quando precisamos planejar, desencadear operações interagências, principalmente, nas fronteiras do Paraná com São Paulo”, disse ele.

A visita ao Instituto de identificação da Polícia Civil de São Paulo contou com a presença do secretário da Segurança Pública, João Camilo Pires de Campos. A comitiva conheceu como são analisados os trabalhos da papiloscopia e de reconhecimento facial, que permitem cruzamento de dados e maior eficiência investigativa.

POLÍCIA MILITAR

Os paranaenses estiveram no Centro de Operações da Polícia Militar do Estado de São Paulo (Copom), o maior da América Latina. Neste local também é feito o monitoramento de câmeras de segurança, públicas e privadas. São aproximadamente quatro mil câmeras.

No encontro foi apresentada a inovação da PM de São Paulo, que tem câmeras acopladas ao uniforme dos policiais (bodycam). Elas permitem acesso em tempo real das ocorrências registradas pelos policiais militares. O uso desta tecnologia pela instituição teve início no dia 1º de junho deste ano.

“A visita à Polícia Militar de São Paulo foi de caráter técnico e muito produtiva”, disse o subcomandante-geral da PMPR, coronel Rui Noé Barroso Torres. Para o comandante do Corpo de Bombeiros do Paraná, coronel Gerson Gross, a visita a São Paulo mostrou uma nova realidade em relação à segurança pública, aplicada pela Polícia Militar. Segundo ele, as mesmas estratégias podem ser usadas no Paraná.

POLÍCIA CIENTÍFICA

A comitiva encerrou a programação com uma agenda na Polícia Técnico-Científica, coordenada pelo superintendente Maurício Rodrigues Costa. Um dos pontos discutidos foi a quantidade de amostras de DNA que é feita no local. Também foram apresentados os Laboratórios de DNA e de Análises Toxicológicas.

Segundo o diretor-geral da Polícia Científica do Paraná, perito Luiz Rodrigo Grochocki, a Polícia Científica de São Paulo é uma referência, pois foi uma das primeiras do país. “Os números da Polícia Científica de São Paulo são impressionantes, com a ordem de milhões de vestígios processados. Um volume gigantesco que nos faz refletir sobre os procedimentos e toda a organização para tratar grandes volumes de vestígios”, avaliou Grochocki.

PRESENÇAS

Também integraram a comitiva paranaense, o vice- diretor do Depen-PR, Luiz Francisco da Silveira;  o coordenador do Centro Integrado de Inteligência de Segurança Pública da Região Sul (CIISP-Sul), coronel Luiz Augusto de Oliveira Santiago; o coordenador do Departamento de Inteligência do Paraná, delegado Sivanei de Almeira, e o chefe de tecnologia da informação e comunicações, Major João Batista Tsuruda Amaral.

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