Com delegados em todas as 161 comarcas, Governo extingue problema histórico no Paraná

Novos delegados e policiais civis começaram a desempenhar suas funções nas unidades da Região Metropolitana de Curitiba e do Interior neste mês. Com isso, todas as 161 comarcas do Paraná passam a contar com delegados da Polícia Civil (PCPR), resolvendo um passivo histórico

A contratação de mais de 400 servidores para compor o efetivo da Polícia Civil do Paraná marca um momento histórico do Estado: todas as 161 comarcas passam a contar com delegados. Ao todo foram chamados, por concurso público, 150 delegados, 200 investigadores, 50 papiloscopistas e 25 escrivães. Destes, 391 concluíram com sucesso o curso de formação e em 2023 passaram a reforçar a segurança dos paranaenses, reforçando o atendimento em comarcas distantes da Capital.

Os novos policiais, oriundos de todos os lugares do País, iniciaram o curso de formação em agosto de 2022 e a formatura ocorreu em dezembro. Durante os meses de aperfeiçoamento, cursaram 80 matérias de conhecimento técnico-operacional, totalizando 1.100 horas/aulas práticas e teóricas. As competências adquiridas proporcionaram a habilitação necessária para atuar em qualquer cidade do Estado.

Agora, eles estão atuando no dia a dia da Polícia Judiciária, em procedimentos que envolvem investigação de crimes, direção de delegacias, interlocução com o Poder Judiciário, lavraturas de flagrantes, operações policiais, emissão de documentação (como RG) e condução de inquéritos. Com esse reforço, a expectativa é de respostas muito mais rápidas para a sociedade.

“É com grande satisfação que anunciamos que os novos servidores já estão atuando. O reforço no efetivo de delegados e de policiais civis garante que as famílias paranaenses tenham mais segurança”, disse o secretário da Segurança Pública, Hudson Leôncio Teixeira.

“Foi uma contratação histórica que resolve a falta de delegados em comarcas do Paraná. Com a contratação e a efetiva lotação desses delegados, que se deu no dia 2 de janeiro, todas as comarcas do Paraná passaram a ter delegados exclusivos para conduzir os trabalhos de polícia judiciária”, afirmou o delegado-geral da PCPR, Silvio Jacob Rockembach.

Os trabalhos dos novos investigadores, escrivães e papiloscopistas também serão fundamentais ao Estado, agilizando procedimentos também nas centrais de flagrantes e o trabalho em delegacias especializadas de atendimento a mulheres e adolescentes, por exemplo. “São policiais de todas as carreiras que vão contribuir de forma conjunta para que os serviços da Polícia Civil sejam prestados da melhor maneira possível”, completou o delegado-geral.

LOTAÇÕES

A ordem de escolha da lotação ocorreu a partir de uma média aritmética entre as notas obtidas no concurso e as notas das avaliações teóricas, práticas e de aptidão física realizadas durante o curso técnico-profissional.

Além da média, dois outros fatores também interferiram na escolha das unidades onde cada profissional vai atuar. No concurso de investigador e papiloscopista, as vagas foram regionalizadas por edital. Por isso, o candidato se inscreveu para uma região específica do Estado.

As vagas para o cargo de delegado foram direcionadas para as cidades do Interior e da Região Metropolitana – os novos servidores devem trabalhar nestas localidades por, no mínimo, três anos.

No efetivo da Capital houve um reforço de 39 servidores, sendo 27 investigadores, 10 papiloscopistas e dois escrivães.

Na RMC, iniciaram as atividades 11 delegados, 45 investigadores, nove papiloscopistas e seis escrivães.

Nas subdivisões do Interior, o reforço no efetivo ocorre com 281 servidores: 130 delegados, 108 investigadores, 15 escrivães e 28 papiloscopistas.

PLANO ESTRATÉGICO

A contratação e a formação dos futuros servidores fazem parte do Plano Estratégico 2019-2023 que foi instituído no primeiro mandato do governador Carlos Massa Ratinho Junior, e que busca trazer melhorias tanto para os policiais civis como para a sociedade. Outra conquista histórica do período foi a remoção de todos os presos das delegacias, liberando os policiais civis para sua missão constitucional. Os detentos passaram a ser responsabilidade da Polícia Penal e foram encaminhados para unidades específicas ou penitenciárias.

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