Deputada Cristina Silvestri lamenta novo acidente na BR-277 e reforça pedido de duplicação da Serra da Esperança

A deputada estadual Cristina Silvestri (PP) lamentou o acidente registrado na Serra da Esperança, na BR-277, entre Guarapuava e Prudentópolis, nesta terça-feira (2). A colisão envolveu quatro caminhões, uma van e um carro, deixou uma mulher morta e interditou totalmente o trecho, segundo informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Cristina Silvestri, que há anos cobra a duplicação da região, afirmou que a nova tragédia reforça de maneira dolorosa a urgência da obra. “É um trecho onde vidas continuam sendo perdidas enquanto aguardamos decisões que já deveriam ter sido tomadas”.

Dados levantados pela deputada mostram que, nos últimos cinco anos, entre 6 de novembro de 2020 e 6 de novembro de 2025, ocorreram 359 acidentes no trecho entre o Viaduto de Guarapuava e o Trevo do Relógio. No período, 45 pessoas morreram e 403 ficaram feridas, o equivalente a um acidente a cada cinco dias, uma pessoa ferida a cada quatro dias e uma morte a cada 40 dias.

Além do impacto humano, a deputada destaca prejuízos econômicos causados pelas interdições frequentes do trecho. A estimativa mais conservadora aponta que, considerando paralisações médias de 1h30 por caminhão, o prejuízo acumulado pode chegar a R$ 79 milhões em três meses. Se a situação persistir por nove meses, o impacto pode alcançar R$ 207 milhões.

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Na última quarta-feira (27), a deputada liderou uma audiência pública em Guarapuava para discutir a antecipação da duplicação. O encontro reuniu sindicatos rurais, cooperativas, entidades empresariais e órgãos de segurança pública.

Ao final, os participantes assinaram um documento com três demandas principais: autorização imediata para que a concessionária EPR antecipe o início da duplicação, com prioridade absoluta para a Serra da Esperança; atualização do cronograma contratual, com prazos objetivos e mecanismos de acompanhamento social e institucional; e consideração formal dos dados da PRF, dos estudos de risco da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), das informações da concessão anterior e das sugestões das entidades presentes.

O documento seguirá para assinatura de outras instituições e transportadoras que dependem da BR-277. Na sequência, será entregue à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília.