Em todos os shows que toquei/trabalhei, vinha alguém pedir o retorno dos Kingargoolas, diz baterista
Uma das mais tradicionais bandas guarapuavanas, o Kingargoolas anunciou recentemente seu retorno, para a alegria dos milhares de fãs. A discografia do “quarteto mascarado” tem dois álbuns de estúdio: “Kingargoolas” (2013) e “Tales From The Instro Zone” (2015), além de outras produções
A banda Kingargoolas anunciou recentemente seu retorno à cena autoral da “terra do lobo bravo”, para alegria dos milhares de fãs que o grupo acumulou desde 2006, quando surgiu misturando surf music, rock, influências do cinema B, cultura underground, quadrinhos e performances com máscaras.
Há dois anos, o quarteto Mackey (guitarra/theremin), Arêdes (guitarra), Joerto (baixo) e Cerso (bateria) anunciou o encerramento das atividades. A discografia da banda tem dois álbuns de estúdio: “Kingargoolas” (2013) e “Tales From The Instro Zone” (2015), além de outras produções.
O baterista conta ao CORREIO que, nesse período de hiato, não foram poucos os fãs que pediram o retorno do Kingargoolas. Esse, inclusive, foi um dos fatores que levou o grupo a reconsiderar o fim das atividades.
“Sobre o fato de um grupo que se localiza fora dos grandes centros possuir entusiastas nos mais diversos locais, inclusive fora do Brasil. Falando pessoalmente, nunca parei de trabalhar com música. Em praticamente todos os shows que toquei/trabalhei, vinha alguém pedir o retorno dos Kingargoolas”, diz Cerso.
E, uma apresentação chamada “O retorno” já está na agenda no grupo. No dia 14 de julho (sexta-feira), às 20h, o Kingargoolas apresenta seu repertório clássico no palco do Armazém do Malte (rua Azevedo Portugal, 561, Centro).
A seguir, confira a entrevista completa com o baterista da banda:
Qual o motivo da parada da banda e o que motiva esse retorno agora?
Questões pessoais em todos os âmbitos afetaram a banda. Foram 15 anos ininterruptos de atividades, sendo que desde 2012 a agenda ficou cada vez mais cheia. Foi um somatório de fatores que nos levaram a encerrar as atividades com o Kingargoolas, incluindo distância, pandemia e, como afirmei antes, questões pessoais e familiares.
Quais são seus planos para esse retorno? Vocês já têm em mente um disco e novas apresentações?
Sim, temos! Neste primeiro momento a ideia é se reunir e fazer música, tocar juntos e desfrutar da amizade que temos há mais de duas décadas. A realidade de cada integrante mudou e as ações necessitam ser mais coordenadas, mas certamente lançaremos uma agenda e novas ideias estão surgindo.
A banda segue no mesmo estilo de sempre?
Musicalmente falando, sim. Retomaremos a discografia e partiremos deste ponto para novos voos. Mas garanto que coisas novas surgirão.
O Kingargoolas já acumula 17 anos de história. Vocês viram mudanças na cena musical de Guarapuava nesse período?
Moro em Curitiba desde 2004, mas mantenho forte a conexão com a terra natal, então consigo ter uma visão tanto de dentro quanto de fora do contexto. Guarapuava possui excelentes músicos e bandas que tiveram uma crescente até poucos anos atrás. Com a pandemia, muitos destes grupos se dissolveram e não retornaram. O momento é de reconstrução do cenário.
Foram muitos os pedidos para o retorno da banda?
Sim, muitos! Durante todo o tempo que estivemos fora. Inclusive foi um dos fatores que nos fez pensar a respeito. Sobre o fato de um grupo que se localiza fora dos grandes centros possuir entusiastas nos mais diversos locais, inclusive fora do Brasil. Falando pessoalmente, nunca parei de trabalhar com música. Em praticamente todos os shows que toquei e trabalhei, vinha alguém pedir o retorno dos Kingargoolas. Gratidão por essas pessoas que sempre acreditaram em nosso trabalho.
SERVIÇO
Os ingressos para o show do dia 14 de julho são limitados e estão à venda no Armazém do Malte (rua Azevedo Portugal, 561, Centro) e Gato Preto – Discos & Livros (rua Azevedo Portugal, 1.362, perto da “Praça da Prefeitura”). Valores: R$ 20 (1º lote) e R$ 30 (2º lote).