Centro de Artes inaugura exposição em homenagem aos 50 anos do movimento hip-hop

A exposição “Viva a Cultura Hip-Hop” estará em cartaz até o dia 28 de agosto

O Centro de Artes Iracema Trinco Ribeiro, inaugurou na última sexta-feira (11) a exposição “Viva a Cultura Hip-Hop”, uma homenagem aos 50 anos do movimento. A mostra é promovida pela Secretaria de Cultura de Guarapuava (SECULT), junto ao projeto Sintonia Hip-Hop, à Associação WS Voz Ativa e em colaboração com os grafiteiros locais Maurício Oliver e Aaron dos Santos.

A exposição é um mergulho na rica história cultural do hip-hop em Guarapuava, explorando suas origens, características e impacto na cidade ao longo das décadas. Desde o seu início, o movimento hip-hop tem sido uma força influente e transformadora, conectando pessoas por meio da música, dança, arte urbana, conhecimento e consciência social.

Rita Felchak, secretária de Cultura de Guarapuava, destacou que o evento é resultado de um esforço conjunto para celebrar o movimento e valorizar os artistas locais: “A exposição ‘Viva a Cultura Hip-Hop’ é um tributo às mentes criativas e visionárias que moldaram e continuam a moldar a cena cultural de Guarapuava. É também um testemunho do nosso compromisso em apoiar e promover a diversidade artística e cultural de nossa cidade”.

O rapper Ws Tizil, presidente da Associação Voz Ativa e um dos organizadores da exposição, ressaltou o caráter plural da mostra. “O movimento do hip-hop sempre pregou a união. O hip-hop se formou através da união de vários guetos, em Nova Iorque. Então, creio que seja isso. O grafite, a música, junto com os outros elementos, formam uma cultura única. Essa é a cultura hip-hop, na qual os jovens têm a oportunidade de se expressar da melhor maneira, de acordo com a forma de arte que preferem seguir, sempre denunciando a realidade em que vivem”, disse o rapper.

Aaron dos Santos, grafiteiro que também desempenhou um papel fundamental na concepção da exposição, valorizou a continuidade do movimento que a mostra afirma. “O hip-hop é uma bandeira que todo mundo segura em algum momento. Cada um tem sua época de segurar ela bem alto, mas vai chegar um ponto em que é hora de passar ela para frente, para o próximo levar adiante. E a gente só espera é que esse próximo continue firme, com a mesma determinação que a gente teve”, discorreu.

De acordo com Christian Lucas, coordenador do Centro de Artes e um dos curadores da mostra, a mostra foi pensada junto aos membros do movimento. Por isso todos aqueles que se identificam com o hip-hop puderam se sentir representados.

Mano Hood, apresentador e fundador do projeto Sintonia Hip-Hop – programa de rádio exclusivamente voltado ao movimento – expressou sua satisfação com a valorização do hip-hop na cidade. “Eu apresento o Sintonia Hip-Hop, que vai completar 20 anos no mês que vem. E é um momento em que faltam palavras para um cara que fala tanto no rádio e apresenta há tanto tempo esse programa. Mas, realmente, um evento como esse mostra a resistência da cultura em Guarapuava, mostra a importância da cultura hip-hop, desses quatro elementos”, comentou.

Segundo Michel Correia, guarapuavano de 45 anos que aproveitou a sexta-feira à noite para prestigiar a inauguração da exposição, a história do hip-hop é a história da cidade. “Ver toda essa cultura reunida aqui é muito massa. É como se a gente estivesse vendo um pouco do que foi e do que é Guarapuava”, afirmou.

A exposição “Viva a Cultura Hip-Hop” é apenas o primeiro passo de uma série de atividades planejadas para fortalecer o hip-hop na cidade, todos focados em destacar os cinco elementos fundamentais do hip-hop: MCing (rap), DJing (discotecagem), Breaking (dança de rua) e Graffiti (arte urbana).

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