Produção de trigo no Paraná deve reduzir em 1%
De 3,64 milhões de toneladas obtidos no ano passado, passaria para 3,61 milhões. Os números são da projeção de julho do Departamento de Economia Rural
Com estimativa de 3,61 milhões de toneladas, a safra de trigo no Paraná em 2024 acena com redução de 1%, na comparação com 2023. Ou seja, de 3,64 milhões de toneladas obtidos no ano passado, passaria para 3,61 milhões. Os números são da projeção de julho do Departamento de Economia Rural.
Ainda em junho, a perspectiva era de uma produção de 3,81 milhões de toneladas, levemente abaixo do potencial em função da estiagem, mas ainda acima da produção de 2023. “Porém, como a estiagem se prolongou depois do levantamento feito em 24/06, parte das lavouras teve o desenvolvimento ainda mais limitado, com poucos perfilhos e baixa área foliar, além de espigas menores que o padrão”, diz o Boletim do Deral. Esta situação limitou muito a produtividade das lavouras, especialmente no Norte do Paraná, fazendo com que as perdas já representem 6% do potencial inicial.
Apesar dos indicativos de perda, diz o Boletim, cabe ressaltar que a colheita ainda não começou, o que torna difícil a projeção com segurança do volume a ser obtido. “As colhedoras devem entrar a campo no próximo mês, colhendo inicialmente as áreas mais problemáticas, que enfrentaram o maior período de estiagem. A partir dos resultados destas áreas haverá maior confiabilidade nos números, que deverão vir ajustados no levantamento divulgado no dia 29 de agosto.
“A área ocupada pela cultura, por sua vez, foi revisada para 1,16 milhão de hectares, o que representa um decréscimo de 18% em relação à área colhida em 2023 (1,42 milhão de ha)”.
Os demais grãos de inverno foram menos impactados pela estiagem que o trigo, e ainda podem apresentar produções dentro do esperado, apesar de que algumas lavouras pontualmente também sofreram com a seca. Isso acontece porque a concentração destas lavouras é no Sul e Sudoeste paranaense, regiões onde a seca não foi tão severa, tanto devido à disponibilidade hídrica de maio quanto devido às precipitações ocorridas em junho.