IDR-Paraná apresenta alternativas para cultivo de feijão e milho mais sustentável e lucrativo

Tema foi discutido na 23º Semana de Campo, em Ponta Grossa. Produtividade média do feijão no Paraná, que é de 1.700 quilos por hectare, pode passar para 3.000 quilos/ha. Já o milho pode saltar de 6.000 para 10 mil quilos/ha em média

Técnicas para um manejo de solo adequado, uso racional de agrotóxicos, cultivares melhoradas, descarte correto das embalagens, entre outras ações para melhorar a produtividade das culturas de feijão e milho sem prejudicar o meio ambiente foram apresentadas pelo IDR-Paraná (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná – Iapar-Emater), na 23º Semana de Campo, em Ponta Grossa, na região dos Campo Gerais.

Com as alternativas de cultura apresentadas no evento o agricultor pode alcançar grande potencial de produção. A produtividade média do feijão no Paraná, que é de 1.700 quilos por hectare, pode passar para 3.000 quilos/ha. Já o milho pode saltar de 6.000 para 10 mil quilos/ha em média.

O evento, realizado na semana passada, teve como objetivo dar aos produtores o acesso à transferência de tecnologia e a informações com mais de 20 especialistas na produção dos grãos. O participante também obteve informações sobre as cultivares lançadas pelo IDR-Paraná, Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) e IAC (Instituto Agrônomo de Campinas). Cultivares são variedades dos grãos, criadas por pesquisadores, para contribuir com uma agricultura mais produtiva e sustentável.

O diretor-presidente do IDR-Paraná, Natalino Avance de Souza, destacou que a Semana de Campo mostra como a união do trabalho de extensão rural com a pesquisa pode retornar para o agricultor. “Quem passou por aqui teve acesso a informações de tecnologia e práticas para desenvolver uma agricultura que seja, ao mesmo tempo, sustentável e lucrativa. Esse foi um dos desafios assumidos com a criação do Instituto para gerar o desenvolvimento rural”, disse.

POLO DE PESQUISA

Considerado uma tradição na região, o evento voltou a ser realizado de maneira presencial neste ano e recebeu cerca de 500 visitantes nas nove estações distribuídas numa área de dois hectares dentro do Polo de Pesquisa do IDR-Paraná. “Superou nossas expectativas. Como é a primeira Semana de Campo presencial após da pandemia estávamos esperando cerca de 300 inscritos nos dois dias e ficamos surpresos. Mas estávamos preparados e conseguimos atender o público”, disse Germano Kusdra, que é o coordenador de Grãos – feijão e Milho, do IDR-Paraná.

O evento foi organizado pela equipe do Projeto Centro-Sul de Feijão e Milho do IDR-Paraná, que existe há mais de 30 anos e leva informações sobre como melhorar a produtividade e geração de renda das famílias que trabalham com estes grãos. Contou com a parceria das empresas Syngenta, Embrapa, IAC, Assocampos, Agro Brasinha e Bioma.

Kusdra destaca que, com as crises enfrentadas com a seca e a possível escassez de fertilizantes pela guerra na Europa, é fundamental que o agricultor pense em alternativas para aproveitar melhor os recursos naturais que existem.

“Gerar um produto de qualidade, preservando o meio ambiente, é a intenção do projeto e percebemos, que ao implantar as ações corretas de manejo de solo, uso racional de agrotóxico, plantio direto, sementes de cultivares melhoradas, entre outros, é possível amenizar o custo de produção e aumentar a produtividade”, afirmou.

PROJETO FEIJÃO E MILHO

O projeto atende anualmente mais de 50 municípios com unidades demonstrativas onde desenvolve ações de transferência de tecnologia e informação, com foco na produção sustentável, unindo a qualidade da produção com a preservação do meio ambiente. É uma parceria entre IDR-Paraná, Syngenta, Embrapa, IAC, prefeituras, entre outros, e trata da profissionalização de agricultores na produção de feijão e milho, pensando no aumento da produtividade com uso de boas práticas agrícolas.

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