Eventos sobre o trigo traçam perspectivas para produção brasileira

Segundo a organização, os 102 trabalhos difundidos na 16ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa em Trigo e Triticale serão a base para a elaboração das indicações técnicas para o plantio de trigo no Brasil em 2024

Durante três dias, o Distrito de Entre Rios, em Guarapuava, conhecido em todo Brasil pelo plantio da cevada, se transformou no polo nacional de outra importante cultura de inverno. O Fórum Nacional do Trigo e a 16ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa em Trigo e Triticale (RCBPTT) trouxeram informações relevantes sobre o grão mais consumido no mundo, o trigo. Encerrados no dia 27 de julho, os eventos suscitaram discussões sobre qualidade da matéria-prima produzida no Brasil, as perspectivas de autossuficiência na produção e a exportação do grão.

Organizador da programação que ocupou o Centro de Eventos Agrária e presidente da 16ª RCBPTT, o pesquisador da FAPA (Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária), Juliano Luiz de Almeida, destacou a participação do público nos debates sobre a produção do trigo. “A qualidade do trigo, por exemplo, que era algo conhecido apenas por especialistas, hoje já é entendida por agrônomos de campo e agricultores. Esse é um tema fundamental para garantir a uniformidade da produção e a exportação do grão”, explicou.

Almeida ainda ressaltou o resultado das pesquisas apresentadas na 16ª RCBPTT. Os 102 trabalhos difundidos na reunião serão a base para a elaboração das indicações técnicas para o plantio de trigo no Brasil em 2024. 

A engenheira agrônoma e estudante de mestrado na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Luiza Rathke, autora da pesquisa “Fenotipagem de alto rendimento aplicada ao melhoramento genético de trigo para alimentação animal” teve seu trabalho reconhecido como o melhor apresentado na Subcomissão de Melhoramento, Aptidão Industrial e Sementes.

 “A fenotipagem pode otimizar processos, diminuir custos e facilitar o trabalho de quem atua com melhoramento genético. Ter meu trabalho escolhido como um dos melhores da 16ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa em Trigo e Triticale foi algo que me surpreendeu e que dá muito ânimo para continuar pesquisando”, afirmou.

Além do trabalho de Luiza, outros cinco foram referenciados como os melhores da 16ª RCBPTT: “Triticale: interação da densidade de cultivo e doses de nitrogênio com caracteres agronômicos e produtividade”, apresentado por Mateus Abitante à Subcomissão de Solos e Nutrição Vegetal; “Identificação de Fungos Fitopatogênicos em Manchas Foliares de Trigo no Paraná por Dnabarcoding”, de Paula Cristinados Santos Rodrigues, submetido à Subcomissão de Fitopatologia; “Presença de Tricomas e a Resistência de Cultivares Brasileiras de Trigo ao Pulgão Rhopalosiphum Padi”, apresentado por Renata Mussoigiacomin, à Subcomissão de Entomologia; “Ensaio de épocas de semeadura de cereais de inverno 2022”, conduzido Juliano Luiz de Almeida e levado à Subcomissão Ecologia, Fisiologia e Práticas Culturais; e “Estimativas de Lacunas de Rendimento de Trigo no Brasil, em Nível Microrregional”, apresentado por Milena Yumi Ramos, à Subcomissão  Transferência de Tecnologia e Socioeconomia.

Ainda no último dia da 16ª RCBPTT, aconteceu o Fórum Agronômico do sistema OCEPAR, reunindo representantes de cooperativas agroindustriais de todo Paraná.

A realização do Fórum Nacional de Trigo, da 16ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa em Trigo e Triticale e dos demais eventos que ocorreram em paralelo contou com o patrocínio master da Syngenta e patrocínio diamante da Bayer. Biotrigo e Nortox foram patrocinadores ouro e Adama, Biotrop, FMC, Ihara e Romer Labs foram patrocinadores prata. O patrocínio bronze ficou com a Ascenza, Ballagro, Basf e OR Genética de Sementes. A Agrária Farinhas e o Sistema OCEPAR atuaram como apoiadores de toda programação. 

Assessoria, com revisão

Deixe um comentário