Professores da Unicentro aprovam deflagração de greve
A decisão foi tomada pelos docentes em uma assembleia da Adunicentro
Os professores da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) aprovaram, em assembleia realizada nesta quarta-feira (17), a deflagração de greve por tempo indeterminado na instituição a partir de segunda-feira (22).
A assembleia da Adunicentro pautou a reposição salarial de 42%, referente à data-base acumulada nos últimos sete anos, e a agilidade da aprovação da proposta de melhoria do plano de carreiras, que foi elaborada pela Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior Público (Apiesp) e tramita nas pastas estaduais.
Em entrevista ao CORREIO publicada nesta terça-feira (16), o presidente do sindicato, Geverson Grzeszczeszyn, já adiantava que existia a perspectiva de aprovação da greve, “haja vista que o movimento grevista está forte em todas as demais universidades estaduais”.
Desde a semana passada, os docentes das outras Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES) votaram e aprovaram a paralisação das atividades. A Unicentro ainda não havia votado a deflagração por conta do calendário acadêmico, já que as atividades letivas retornaram na última segunda-feira (15).
Respondendo ao questionamento de uma professora na assembleia, Geverson afirmou que esse é um “processo de luta pela data-base”, e que espera que o governo estadual abra negociação para “chegar a um índice que seja satisfatório ao governo e à categoria”.
“Nós temos consciência que muito dificilmente o governo vai nos dar os 42%, o movimento sindical tem essa consciência. Mas é o que o governo nos deve, então trabalhamos exigindo os 42%, mas estamos abertos à negociação”, acrescentou.
SETI
O CORREIO solicitou à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (Seti) um posicionamento sobre a deflagração de greve nas instituições. A pasta estadual afirmou, em nota, que “tem discutido as pautas que envolvem as demandas de professores e funcionários das universidades estaduais com lideranças e sindicatos que representam as categorias”.
“A proposta de reformulação das carreiras foi apresentada e encaminhada para avaliação das demais áreas do Estado, uma vez que envolve aspectos orçamentários. Nesse sentido, a Secretaria entende que a greve é precipitada e pode prejudicar o diálogo”, completa.