‘Power Up’ marca retorno barulhento e intenso do AC/DC
Lançado no último dia 13 de novembro, novo disco é o 17º de estúdio da banda. O material vem ao melhor estilo: rockão do início ao fim, com muita energia e alto astral
Se você espera experimentações sonoras, misturas musicais ou mesmo baladinhas radiofônicas… pode esquecer! Em “Power Up” (2020), seu 17º álbum de estúdio, o AC/DC soa como sempre: som na lata, rock frenético, guitarras marcantes e aquele vocal rasgado. Precisa mais do que isso?
Pode soar repetitivo e carente de inovações, mas o lançamento desse material é um alento para os fãs de rock and roll. Em um ano tão difícil como este (muitos dizem que 2020 ainda nem começou e não vê a hora de terminar), a volta dessa banda australiana de hard rock é um feito para se comemorar.
Como muita gente deve saber, o AC/DC parecia fadado ao fim: seu vocalista ficou praticamente surdo, um dos guitarristas morreu, o baterista foi preso e o baixista havia anunciado a aposentadoria.
No entanto, o tempo tratou de dar uma reviravolta. Brian Johnson (o vocalista) fez tratamento com um cientista; Phil Rudd (o baterista) encontrou a redenção; e Cliff Williams (o baixista) saiu da fila do INAMPS e retornou. Claro que, no caso de Malcolm Young (o guitarrista), não havia o que fazer. Mas seu funeral serviu como gatilho para reunir novamente a banda.
Assim, a formação mais conhecida retornou com um novo disco: Brian Johnson (vocal), Angus Young (guitarra), Cliff Williams (baixo) e Phil Rudd (bateria), acrescidos de Stevie Young (guitarra).
Produzido por Brendan O’ Brien, o trabalho foi gravado em fita e com equipamentos analógicos.
“Power Up” chegou às plataformas digitais no último dia 13 de novembro, cercado de expectativas e ansiedade. Afinal, não é todo dia que os fãs têm o privilégio de curtir o trabalho autoral de uma das bandas mais importantes do hard rock internacional.
FAIXAS
O novo trabalho tem 12 faixas e segue a cartilha roqueira do AC/DC. Ou seja, músicas em alto e bom som, com riffs particulares e aquela cozinha bem azeitada. Sem contar o trabalho vocal de Brian Johnson, agora mais rouco e sujo. Abaixo, confira uma avaliação resumida de cada faixa:
- “Realize”: abertura grandiosa e alto astral. Dá o tom do disco;
- “Rejection”: diálogo afinado entre bateria e guitarras. Menos barulhenta, mas com um belo solo guitarrístico;
- “Shot in the Dark”: ganha o ouvinte pelo refrão. Uma das melhores da banda;
- “Through the Mists of Time”: a canção mais melódica e pop. É o mais próximo de uma balada. E com cara noventista;
- “Kick You When You’re Down”: batida marcante;
- “Witch’s Spell”: é aquele riff para “balançar a cabeça”; faixa atemporal;
- “Demon Fire”: tem uma voz aterrorizante. Vade retro!
- “Wild Reputation”: o som grave do baixo no comando;
- “No Man’s Land”: lenta e forte;
- “Systems Down”: não poderiam faltar os “yeah, yeah, yeah!!!”
- “Money Shot”: é a penúltima faixa, mas o gás continua o mesmo!
- “Code Red”: termina ao melhor estilo de “Back in Black”, faixa que dá nome ao disco seminal que completou 40 anos em 2020.
SERVIÇO
O disco “Power Up” está disponível em todas as plataformas digitais (Deezer, Spotify, YouTube etc.).
O primeiro vídeo oficial é “Shot In The Dark”, que mostra a banda em cima de um palco fazendo aquilo que sabe melhor.
************Texto: Cris Nascimento, especial para CORREIO