Homem é preso acusado de estuprar a filha, em Turvo

Um homem (39 anos) foi preso acusado de violência sexual contra a filha (22 anos) no município de Turvo (a cerca de 40 km de Guarapuava).

A vítima registrou um boletim de ocorrência nesta quarta-feira (26) relatando que vinha sendo violentada pelo pai desde os 12 anos de idade. O caso teria ocorrido em Turvo, mas a prisão se deu no distrito da Palmeirinha, onde ele trabalha.

Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (27), a delegada Ana Carolina Hass de Miranda Castro, da Polícia Civil de Guarapuava, deu mais detalhes sobre o caso.

“Relatando durante o registro do BO que ainda na manhã de ontem [quarta-feira] ela teria sofrido novamente um abuso, o que ensejou a situação flagrancial”, afirmou, pontuando que foi determinada a realização de buscas para prisão do homem.

De acordo com a delegada, num primeiro momento o acusado foi detido em flagrante pelo crime de estupro e, depois, pelo crime de posse irregular de arma de fogo, já que foram encontradas duas espingardas em sua residência em Turvo. Mas também pode responder por estupro de vulnerável e ameaça.

A jovem relatou à Polícia Civil que vinha sofrendo ameaças de morte desde os 17 anos, quando percebeu que estava sendo vítima dos crimes e tentou questionar o autor.

“Nesse momento, desde os 17 anos, ele passou a ameaçá-la, dizendo que mataria os irmãos e que faria algum mal para a família”, disse a delegada.

CRIANÇA
A delegada afirmou, durante a entrevista, que a vítima relatou que os abusos sexuais ocorriam quase que diariamente e que engravidou do homem. A criança hoje tem 1 ano e 6 meses.

“O próprio autor não nega, não assume, mas também não nega que essa filha pode sim ser vítima dele. Portanto, nós fizemos as coletas dos materiais para confronto posterior, para que a gente consiga determinar se essa filha é de fato desse suspeito”, pontuou.

Neste momento, a mulher está residindo com o atual namorado e o acusado dos crimes segue preso. “Daqui em diante a gente vai aguardar o retorno dos laudos periciais e então será relatado o inquérito policial e encaminhado para o Ministério Público, que vai decidir se oferece a denúncia ou se requisita mais diligências”, explicou.

DENÚNCIA
A delegada Ana Carolina também ressaltou a importância da denúncia em situações como esta, que não são raras de acontecer.

“O importante é sempre que as pessoas acabem denunciando. A gente sempre lembra que existem vários canais de denúncia, se a pessoa não quiser se expor, não quiser se identificar, existe o 180, existe o Disque Direitos Humanos, disque 100, o próprio telefone da Polícia Civil, 197, e da Polícia Militar, 190, então os canais são muito amplos”, reforçando que qualquer cidadão pode denunciar situações de abuso.