​Polícia Civil faz mais de 60 operações contra o crime organizado no primeiro trimestre

Número é 53% maior que o mesmo período de 2019 e equivalente ao de 2020. São operações de repressão qualificada, de alta complexidade e elevado grau de especialização. Objetivo é desmantelar organizações criminosas

A Polícia Civil do Paraná (PCPR) realizou mais de 60 operações de repressão qualificada no primeiro trimestre de 2021. No período, 155 envolvidos em crimes foram presos. As ações são oriundas de investigações de alta complexidade com aplicação de técnicas especializadas, e têm como objetivo a desestruturação e desarticulação de organizações criminosas que atuam no Estado. 

Dentre os principais tipos de crimes investigados estão tráfico de drogas, homicídio, corrupção, roubos e estelionato. As capturas dos envolvidos minam a atuação de organizações criminosas, refletindo diretamente na diminuição da criminalidade.  

No mesmo período de 2019, foram deflagradas 41 operações de repressão qualificada, número que subiu para 63 neste ano, crescimento de 53%. Já em 2020, o número foi equivalente, com 66 ações.  

“A investigação e desarticulação de grandes quadrilhas de criminosos atuantes no Paraná é a especialidade da Polícia Civil, que não tem medido esforços para combater a criminalidade em geral, mas, principalmente neutralizar, por meio de um trabalho focado e planejado, os grupos criminosos”, afirma o secretário da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares. “Assim, já foi possível desmantelar organizações que, inclusive, tinham ramificações”.

Para o delegado-geral da Polícia Civil, Silvio Rockembach, a instituição está preparada para trabalhar em qualquer tipo de investigação. “Estamos focados em investigações voltadas ao desbaratamento efetivo de organizações criminosas”, afirma.

“O sucesso que a Polícia Civil tem alcançado nas investigações de alta complexidade se deve a três fatores. O primeiro é a dedicação e profissionalismo dos policiais civis, o segundo é o alto investimento na especialização e capacitação dos recursos humanos e o terceiro é o emprego de recursos e metodologias modernas de investigação”, explica Rockembach. 

As operações de repressão qualificada são de alta complexidade, demandam mais tempo de investigação e um elevado grau de especialização. Por isso, se diferem das outras ações gerais realizadas pela PCPR.  

SONEGAÇÃO 

Um exemplo recente de operação de repressão qualificada foi a que resultou na prisão de 30 pessoas envolvidas em esquema bilionário de sonegação no Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Espírito Santo.  

A ação aconteceu dia 16 de março. Foram cumpridos 16 mandados de prisão no Paraná, nove em Minas Gerais, três no Espírito Santo e dois em São Paulo. Ainda houve apreensão de 15 veículos em Londrina, no Norte do Paraná, e de R$ 300 mil em joias, no Espírito Santo.  

TRÁFICO DE DROGAS

Em outra operação, a PCPR apreendeu 472 quilos de cocaína e 2.790 ampolas de maconha líquida, gerando um prejuízo superior a R$ 40 milhões ao crime organizado. Foi no dia 26 de março, em Santa Fé, Norte do Estado. 

ESTELIONATO 

Ação de repressão de destaque ocorreu dia 30 de março. A Polícia Civil prendeu dois envolvidos em golpe contra empresas de países como Chile, China, Noruega, Turquia, Hong Kong, Estados Unidos e Canadá, por meio de contratos fraudulentos, que superam R$ 1 bilhão. Uma das empresas chegou a depositar R$ 320 milhões na conta do estelionatário. As prisões ocorreram no Paraná e no Rio de Janeiro.  

ROUBO 

Outro exemplo foi a operação que resultou na prisão de seis envolvidos em um roubo, que causou prejuízo de R$ 1,2 milhão contra uma empresa de pneus, em Curitiba. Realizada no último dia 24 de março, ação cumpriu 17 mandados de busca e apreensão, simultaneamente em Curitiba e Região Metropolitana, além dos estados de Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo.

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