‘Sem o apoio da comunidade, fica inviável’, diz técnico

À frente dos jogadores do Batel 2017, Marcelo do Ó acredita em título no Campeonato Paranaense da Terceira Divisão e no acesso

A semana foi rubro-negra em Guarapuava. Mas não estamos falando dos torcedores flamenguistas, atleticanos, rossoneros… e sim dos batelinos. A tradicional Associação Atlética Batel apresentou o novo plantel de jogadores de 2017 e o técnico que os comandará na campanha do Campeonato Paranaense da Terceira Divisão.

Apesar de o time da Baixada ter disputado o futebol profissional nos últimos anos, nunca se falou com tanta convicção em título e a tão sonhada subida à Divisão de Acesso em 2018, a popular Segundona.

Um dos homens confiantes no acesso é o técnico batelino Marcelo do Ó, ex-jogador profissional e irmão do ex-zagueiro Milton do Ó (Paraná Clube, Fluminense, entre outros). Ambos são filhos do lendário boleiro Miltão.

Em entrevista ao CORREIO, o professor Marcelo explicou que o trabalho à frente do Batel é em médio prazo. A intenção, segundo ele, é estar na divisão de elite do futebol paranaense no espaço de três anos.

Por isso, é importante alcançar o primeiro acesso já neste ano. A gente entra no campeonato com o objetivo de conquistar o título que, lógico, nos dará o acesso. Estamos trabalhando para isso, botando na cabeça dos jogadores esse objetivo.

Com um elenco jovem e experiente na mão, o técnico batelino diz que serão utilizados oito jogadores de Guarapuava, sendo que cinco deles são do Sub 19. Na sua avaliação, é a montagem de uma base para os próximos anos.

Quando subir para a Primeira, é conseguir se manter e ficar, por meio de um projeto bem consistente e uma equipe bem montada, com a maioria sendo de ‘pratas da casa’.

Mas caso o Batel não suba imediatamente da Segundona para a Primeira, Marcelo afirma que o objetivo é não voltar para a Terceirona.

O técnico batelino Marcelo do Ó (Arquivo/Correio)

PÚBLICO

Depois dos tempos de glória, o Batel passou por um período de ostracismo e inatividade até voltar ao futebol profissional nos últimos anos. Mas as campanhas mais recentes não despertaram o interesse do público, deixando o estádio Waldomiro Gelinski (WG) à mingua.

Sem o apoio da comunidade, fica inviável, diz o técnico Marcelo do Ó, explicando que a população guarapuavana precisa apoiar o time no estádio. Mas, claro, o clube precisa fazer a sua parte. Por isso, montamos um time que, acredito, vai sanar esse desejo da torcida.

Segundo ele, o futebol é um esporte caro. A receita de um clube profissional precisa cobrir as despesas com salários, alimentação e hospedagem dos jogadores. Por isso, é preciso o apoio também de empresários e patrocinadores. A Faculdade Guairacá abriu as portas pra gente.

O professor garante que o Batel está com um projeto sério e que vai divulgar de maneira positiva o nome de Guarapuava.

CAMPEONATO

O primeiro jogo do Batel na Terceirona será no dia 17 de setembro, em partida contra o Rolândia no WG, às 15h30.

O campeonato estadual de futebol profissional tem três divisões: Primeira (a elite), Acesso (que seria a segunda) e Terceirona. Portanto, o rubro-negro precisa ficar entre os primeiros para subir ano a ano, até chegar à Primeira.