Sem a atividade agrícola não tem alimento, diz produtor

O Sindicato Rural de Guarapuava antecipou a comemoração da data para esta sexta-feira (27), em sua sede. Trabalhadores como José Carlos Karpinski se reuniram para festejar e refletir sobre o trabalho no campo

Com as mãos calejadas, José Carlos Karpinski conversa sobre o trabalho no campo. A vida sempre foi difícil, mas hoje está mais complicada: estiagem, frete, custo de produção, só pra ficar em alguns detalhes.

Mas o tempo é senhor do homem. Com 60 anos de idade, Karpinski passou a vida toda de sol a sol (e chuva a chuva), trabalhando a terra. Segundo ele, o problema hoje da atividade agrícola é o preço dos insumos, o custo da mão de obra e o impacto do combustível. Mas, graças a Deus, estamos indo bem, destacando que ainda vale a pena exercer a atividade no campo.

Apesar dos obstáculos, esse produtor rural da região do distrito de Entre Rios, em Guarapuava, se sente orgulhoso pelo Dia do Agricultor. É uma data muito especial, tanto para nós, que somos agricultores e temos raízes, quanto aqueles da cidade. Se a agricultura não produzir, não temos alimento no mercado, diz, em entrevista ao CORREIO. Na tarde desta sexta-feira (27), ele participou de um evento no Sindicato Rural de Guarapuava.

A entidade antecipou as festividades do Dia do Agricultor, cuja data é no dia 28 de julho. Karpinski se juntou a dezenas de produtores da região de Guarapuava para festejar o momento. É uma singela homenagem ao homem do campo que labuta sempre, de sol a sol, para trazer a alimentação à nossa população, destaca o presidente do Sindicato, Rodolpho Luiz Werneck Botelho.

Além disso, o presidente informa que a festividade é uma forma de reunir os produtores para uma tarde animada, com brincadeiras, sorteios de brindes e troca de experiências.

Para o secretário municipal de Agricultura, Ademir Fabiane, o produtor rural é tão importante para a sociedade que a data deve ser comemorada diariamente. O agricultor é todo dia produzindo a riqueza desse país, colocando o alimento na nossa mesa, colocando à disposição aquilo que precisamos para alimentar o nosso corpo.

O presidente do Sindicato Rural, Rodolpho Luiz Werneck Botelho (Douglas Kuspiosz)

SAFRA

O presidente do Sindicato Rural avalia que houve uma quebra da safra de verão em Guarapuava, que sofreu menos em relação ao resto do Estado em função de uma condição topológica privilegiada. Mas a região de Guarapuava sempre tem a perspectiva de uma safra cheia e pouca oscilação. Justamente pelas características da região e pela tecnologia que o nosso produtor emprega no seu trabalho.

Particularmente, as culturas de inverno estão passando hoje por um período de estiagem que acarretam preocupações e quebras de colheita. A expectativa é que, nos próximos dias e semanas, venha alguma chuva pra diminuir essas perdas, destacando que o produtor tem um otimismo muito grande. Mas estamos num ano de eleições, num ano um pouco complicado para fazer previsões, e nós precisamos estar com os pés no chão para esperar o que pode acontecer daqui para frente.